domingo, janeiro 06, 2008

2008: O Ano do Terror, ou Como um discurso Pseudo-Liberal é efectivamente Castrador da Liberdade

No Expresso deste sábado, Miguel Sousa Tavares continua a sua cruzada anti lei do tabaco, continuando o que fez no privilegiado palanque que tem na TVI todas as 3ªs feiras. A crónica chama-se, sugestivamente, 2008: O Ano do Terror.

Antes de mais, convém dizer que sou um ex-fumador recentíssimo, com apenas 2 meses sem fumar. E que percebo o que é ser fumador: o prazer que me dava fumar um cigarro, a ânsia que tinha quando ficava muito tempo sem fumar,... No entanto, já quando fumador não fumava no meu local de trabalho, indo fumar à rua; não fumava à mesa do restaurante... Por isso, tudo o que está definido na lei, parece-me do maior bom senso.

Nesta crónica, Sousa Tavares procura, por diversas vezes, ligar a nova lei do tabaco a uma sanha fundamentalista que pretende perseguir todos os fumadores, coitados, impedindo-os de fumar em todos os locais da terra... Erra no alvo, pois a lei é equilibrada, permitindo a existência de locais para fumadores em muitos locais públicos. O que não permite é que, em todo e qualquer local, uma qualquer pessoa que não fume seja obrigada a inalar o fumo de um fumador inveterado, como acontecia anteriormente, onde se fumava: nos restaurantes (todos), repartições públicas, locais de espetáculos, ... Isto é que era liberdade?!!! Não seria um abuso da liberdade de quem fumava?

Esta crónica requeria uma análise mais exaustiva, quase linha a linha, de modo a responder a essa diatribe pseudo-liberal, mas efectivamente, na sua raíz, ela sim ditatorial. No entanto, por hoje, ficamos por aquí.

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