quinta-feira, agosto 31, 2006

Músicas... e Segurança

Chico Buarque é um dos mais importantes músicos brasileiros da actualidade. E um dos meus preferidos.

Esta música, já a conhecia. É lindíssima...

Mas nunca tinha estado atento à letra. É uma das mais belas descrições, de um dos mais feios acontecimentos que podem suceder a alguém: um acidente de trabalho mortal! Irónico e contraditório...

Oiçam e vejam. Espero que gostem.
"Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
"
(Construçao - Chico Buarque de Holanda)

quarta-feira, agosto 30, 2006

Técnico de Segurança preso em Espanha


Ao ler esta notícia, publicada no site espanhol Prevencion World.com e que me chegou às mãos através da Newsletter do portal SHSTonline, fiquei muito surpreendido. Um técnico de segurança preso!!! Porquê? Qual a razão?
O título é sugestivo:
Santander - Ocho meses cárcel a técnico prevención por accidente que no evitó
Continuando a leitura, sabemos um pouco mais:

El Juzgado de lo Penal número 4 de Santander ha condenado a ocho meses de cárcel y al pago de una multa de 3.600 euros al jefe del servicio de prevención de riesgos de una fábrica en Reinosa, por no haber puesto remedio a un peligro del que era consciente y que acabó provocando un accidente.

O responsável pelo serviço de prevenção estava consciente de uma situação de risco e não lhe pôs termo, tendo esta causado um acidente.

E aqui surgem as primeiras interrogações:
Teria que ser o técnico de segurança a pôr termo a esta situação? Será que tinha meios para o fazer?
Não lhe caberia apenas (e este apenas não é pouco!) identificar a situação, propôr medidas para a sua correcção e pressionar para que fosse corrigido? Será que o fez?

O artigo ajuda a responder a estas questões ou, pelo menos, a encontrar as respostas dadas pelo tribunal.

La sentencia considera que la empresa cometió un delito (...) achacable "aquellos administradores o encargados del servicio que hayan sido responsables de los mismos y a quienes, conociéndolos y pudiendo remediarlo, no hubieran adoptado medidas para ello".

La juez (...) sostiene que, en este caso, el responsable de los dos delitos es el jefe del servicio de prevención de riesgos laborales (...), porque se ha probado que era conocedor del riesgo de caída que existía en los fosos de la acería.

O tribunal achou que o técnico de segurança conhecia a situação e que a poderia remediar, tendo optado por nada fazer. Será que, conhecendo-a, a poderia remediar? Será que lhe competia solucioná-la? A juiz achou que sim:

Para la juez, sus obligaciones como encargado de "velar por la seguridad" de la fábrica y su conocimiento del peligro del foso, convierten a O.M.G.V. en responsable de los dos delitos que achaca a la empresa Sidenor como consecuencia
del accidente.

E aqui começa a minha discordância com esta sentença. Um Técnico de Segurança e Higiene do Trabalho não pode ser considerado o encarregado de velar pela segurança!! É, sem dúvida, um dos, mas não o único. É responsável, principalmente, por identificar as situações, propôr um conjunto de recomendações e soluções técnicas, em conjunto com a área operacional, e fazer o seguimento dessas recomendações. E será que ele o fez?

En la evaluación de riesgos laborales con la que contaba Sidenor en ese momento no figuraba el riesgo de caída en altura en las operaciones de aplomado y toma de muestras en la acería y el foso. Después del siniestro, esa eventualidad si se incluyó en el plan de riesgos y se colocaron medidas de protección en los fosos.

Aqui, sim, está a responsabilidade do técnico de segurança: não identificou a situação devidamente, nem propôs alterações para ela. É uma responsabilidade iminentemente técnica e não operacional, de correcção das situações. E a esta, nenhum de nós pode fugir.

A sentença é pesada:

La sentencia inhabilita al acusado para ejercer la profesión de técnico en riesgos laborales durante el tiempo de la condena, ocho meses, y le impone además doce arrestos de fin de semana.

Como podemos nós, técnicos de segurança e higiene do trabalho, escapar a situações como esta?

- Identificando todas as situações de risco e recomendando correcções;

- Fazer o seguimento das recomendações, insistindo na sua implementação, ficando apenas descansado quando a situação estiver corrigida;

- Registando tudo, juntando evidências do que foi feito.

Apesar de não ter conhecimento de nenhuma situação similar em Portugal, devemos começar a precavermo-nos. Elas virão, com toda a certeza...

Seria interessante discutir também se esta sentença, tal como foi feita, seria possível em Portugal, à luz do nosso ordenamento jurídico. Talvez ainda o tente aqui, mas, como não sou jurista, será uma análise pobre.

Com comentário final, apenas registar a minha estranheza pela não punição da empresa, na pessoa das suas chefias operacionais (director geral, chefias intermédias, supervisores), essas sim responsáveis pela implementação das acções para corrigir o risco.

terça-feira, agosto 29, 2006

Trabalhos em encostas

Recebi, há já alguns meses, uma mensagem que achei muitíssimo interessante do HSTAPT, uma lista de discussão que assino e que já mencionei aqui no Morrer a Trabalhar.

A mensagem, da autoria do João Rosa, técnico de segurança, é perfeita: didática, pedagógica, perfeitamente ilustrada com imagens. Por isso, pedi autorização ao João e não hesitei em publicá-la.

Faço desde já um desafio a todos os colegas técnicos de higiene e segurança: enviem-me as vossas mensagens, focando qualquer tema que dominem e que vos pareça interessante, que eu publicá-las-ei.

Aqui vai a mensagem:

Bom dia Colega,

Ao indicares que será efectuada uma escavação, depreende-se a existência de equipamento adequado à execução de plataformas intermedias.

Uma boa preparação de trabalhos, ajuda e muito, no docorrer dos trabalhos sem qualquer incidente, deves observar:
Equipamento:
- Conformidade das cintas e/ou estropos
- Conformidade de equipamento para transporte e colocação de tubagem [CE, relatórios de verificação…, caracteristicas técnicas (angulo máximo de inclinação aceitável do equipamento)]




Preparação de obra:
- Adequar equipamento e mão de obra aos trabalhos a efectuar
- Criação de zonas de Stock intermedias

Condições diversas de segurança:
- EPI`s adequados
- Acessos e plataformas adequadas
- Criação de batentes na zona de passagem de viaturas pesadas
- Sinalização de valas
- Observação dos taludes…



Bom trabalho.
joao rosa
(mensagem publicada na HSTAPT em 28/05/06)

Mortes na Ponte

Mesmo agora, ao ver o programa comemorativo da construção da ponte 25 de Abril, fixei o número de mortos que ocorreram na sua construção: 4!!! Para a altura e dimensão da obra, não será um número que peca por defeito?

A descrição de um dos acidentes, por um dos trabalhadores que assistiu a tudo, já idoso e reformado, foi tocante. Todos os mortos são demais!!! Devemos sempre lembrar-nos disso, quando iniciámos o nosso dia de trabalho.

E lembrarmo-nos que lutamos por um dos mais belos e humanos objectivos que uma profissão pode ter: preservar a vida humana...

Zona de Risco

Já vou recebendo algumas mensagens de leitores do Morrer a Trabalhar (não muitas, é certo, mas sempre são algumas!). Uma das últimas foi do autor do blog Zona de Risco. É um blog brasileiro, muito interessante, que tem como subtítulo: Riscos, Desastre e Tecnologia. Vai merecer destaque na barra de ferramentas.

É interessante começar-se a construir uma blogosfera na área da Segurança e Saúde no Trabalho lusófona. Eu farei o meu papel deste lado do Atlântico...

Aproveito para lançar um desafio ao Zona de Risco. Que nos apresente, a nós, profisssionais de Segurança portugueses, a situação desta área no Brasil. E que nos comece por falar na legislação que têm. Sei que o Brasil tem uma excelente legislação nesta área: PPRA, Perfil Profissiográfico, mapas de risco, NRs,... São tudo temas que sei que são habituais no Brasil. No entanto, quem melhor que um blog brasileiro para os explicar?

Eu, deste lado do Atlântico, farei o mesmo para a legislação portuguesa. E irei dando conta dos posts que forem sendo publicados no país irmão, pelo Zona de Risco.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Boa Noite!

Fim de semana fantástico num dos últimos paraísos perdidos em Portugal: Aljezur, na costa Vicentina.

E sem tempo para escrever, pois amanhã levanto-me muito cedo. Começo de uma semana de trabalho fantástica, com toda a certeza.

Boa noite!

sexta-feira, agosto 25, 2006

Apergo


A Apergo, Associação Portuguesa de Ergonomia, descreve-se assim no seu site:

A APERGO tem como objectivo zelar pela função social, dignidade e prestígio da profissão de ergonomista, promovendo a valorização profissional e científica dos seus associados e a defesa e o respeito pelos princípios éticos que deverão nortear a sua actividade.

A Associação Portuguesa de Ergonomia foi fundada a 12 de Janeiro de 1992.
Nestes 10 anos de existência têm sido superadas as dificuldades inerentes à
implantação e consolidação do projecto, que tem por base a defesa e promoção da
Ergonomia e dos ergonomistas associados. Neste momento a Apergo conta com 106
sócios, 94 efectivos, 1 honorário, 1 extraordinário e 10 estudantes.

Como todas as associações de classe, esta não foge à regra e tem por objectivo zelar pela função social, dignidade e prestígio da profissão de ergonomista. O que é salutar. E importante, porque a ergonomia é uma das áreas chave na Segurança e Saúde no Trabalho.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Cursos de Técnicos e Técnicos Superiores


O relatório do ISHST, já referido no último post, é bem interessante e vale uma leitura atenta. Iremos fazê-la aqui no Morrer a Trabalhar.

Hoje, mostraremos a distribuição dos cursos de SHST para técnicos e técnicos superiores em Portugal.
A contagem dos números da figura, mostra-nos a seguinte situação:
- Existem 193 cursos de técnicos superiores!!!!
- E existem 97 cursos de técnicos de segurança e higiene do trabalho!!!!
Acreditam?!!! Pois podem acreditar.

Fazendo mais umas contas rápidas, e considerando que cada curso tem uma média de 10 alunos, teremos, todos os anos, 1930 novos técnicos superiores de segurança e higiene do trabalho e 970 novos técnicos de nível III!!!! Isto sem contar com aqueles que saem de licenciaturas que dão acesso directo ao CAP.

A este ritmo, daqui a 10 anos, seremos quase 40.000 técnicos!!! Não seremos muitos????

quarta-feira, agosto 23, 2006

A profissão de técnico de segurança e higiene do trabalho

Neste post já bem antigo, faço alguns comentários que, hoje, continuam pertinentes:

Fazendo umas contas por alto, existem cerca de 1800 técnicos superiores e cerca de 700 técnicos de nível III
listados. Quantos mais existirão? Fará sentido esta desproporção entre técnicos e técnicos superiores? Não deveriam existir mais técnicos que técnicos superiores? Quantos técnicos necessita Portugal? Eis algumas questões que valeria a pena debater.


O gráfico acima, retirado da Síntese do Relatório de Actividades de 2005 e Objectivos Estratégicos para 2006 do ISHST, mostra-nos que os números não são esses. São substancialmente maiores: 8140 técnicos de nível V e 1843 técnicos de nível III. As razões para essa diferença são duas: retirei os números da listagem publicada pelo ISHST, que não contém todos os técnicos, mas apenas os que autorizaram a publicação do seu nome; e essa estimativa foi realizada já há bastante tempo, em Abril de 2005.

No entanto, as perguntas continuam actuais:

Fará sentido esta desproporção entre técnicos e técnicos superiores? Não deveriam existir mais técnicos que técnicos superiores?

De quantos técnicos necessita Portugal?

Não tenho resposta imediata e directa para nenhuma destas perguntas.

Numa primeira análise, parece que deveriam existir mais técnicos que técnicos superiores. Porque digo isto? Leíamos os perfis profissionais de Técnico e Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, referidos no Manual de Certificação destas duas profissões:

- Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho:
Objectivo global: Desenvolver, coordenar e controlar as actividades de prevenção e protecção contra riscos profissionais

- Técnico de Segurança e Higiene do Trabalho:
Objectivo global: Desenvolver actividades de prevenção e de protecção contra riscos profissionais.

Olhando ao que foi dito, o técnico superior deverá ter uma função de coordenação e supervisão e o técnico, uma função de execução. Ora, se temos muitíssimos mais técnicos superiores que técnicos (mais 340%), teremos, em português vernáculo, muitos chefes e poucos a fazer. Dizendo de um modo mais suave, teremos muita gente a coordenar e a controlar as actividades e pouca gente a desenvolver.

E esta situação não é boa para ninguém:
Muitos técnicos superiores terão que desempenhar funções essencialmente de execução e poucos chegarão a funções de coordenação, não atingindo o desenvolvimento profissional que ambicionam. E irão concorrer com os técnicos de nível III que, com menos formação, serão muitas vezes preteridos em alguns empregos, não atingindo também o almejado desenvolvimento profissional.
Estabelece-se uma concorrência grande no mercado de trabalho entre pessoas com formações e funções diferentes, para os mesmos postos de trabalho. O que seria salutar se o mercado estivesse amadurecido, se todos soubessem ao que vão e o que procurar. O que não é o caso. E perdemos todos, porque ninguém atinge o nível remuneratório que deseja e merece.

Porque surgiu esta situação? Porque foram abertos cursos de técnicos superiores sem se saber quantos seriam necessários. Porque, num mercado de emprego em recessão, muita gente viu na SHST uma via para o mercado de emprego. Porque, como em muitas outras áreas em Portugal, temos uma carência de pessoas com formações médias.

E isso leva-nos à segunda pergunta: Quantos técnicos necessitamos em Portugal? Também não sei responder. Mas, seria a altura de nos começarmos a preocupar com isso. Seria altura de ser feito um estudo (e, fiquem descansados, não seria mais um estudo para adiar medidas!!) com vista a definir quantos técnicos, quantos cursos, quantas empresas de SHST são necessárias. E seria também altura de se começar a pensar na auto-regulação da profissão, uma vez que, até aqui, o Estado não se tem preocupado muito com isso.

Eu, por mim, farei a minha parte. Dentro em breve, inicarei um pequeno estudo com vista à caracterização da profissão de técnico e técnico superior de segurança e higiene do trabalho. Visará tentar descobrir quem são os técnicos, o que fazem, qual a sua formação, que experiência têm, como acederam à profissão. Será simples, utilizando as ferramentas da internet ao dispor. Receberão, todos os que forem técnicos e tiverem endereço de email publicado nas listas do ISHST, uma mensagem na caixa de correio com as indicações para responderem às questões. Mais desenvolvimentos serão colocados neste blog a seu tempo.

terça-feira, agosto 22, 2006

Vídeo irresistível II - Construção

Continuando na área da construção, na sequência do último post Riscos no Trabalho, não resisti a colocar no Morrer a Trabalhar este excelente vídeo sobre a construção, mais uma vez da série Napo.

É um vídeo didáctico, simples, educativo. E que contém um conjunto de informações e medidas de prevenção valiosíssimas. Arrisco-me a dizer que, se estas normas simples fossem seguidas, reduziríamos drasticamente as mortes na construção cívil.


E não posso deixar de lançar um desafio a todos os técnicos de segurança e demais profissionais desta área: apresentem, antes de qualquer trabalhador entrar nas vossas obras, este pequeno vídeo. Basta uma pequena sessão de meia hora.
A formação é um instrumento importantíssimo para o combate à sinistralidade laboral, mas não tem que ser complicado. Às vezes, pequenas acções, simples, objectivas e directas, têm mais impacto que longas e complexas acções de formação.

Como sugiro que implementem esta medida?

- Primeiro, convençam o vosso director de obra. Com que argumentos? Não vão ocupar muito tempo (30 min), é uma formação muito simples e didáctica (mostrem-lhe o vídeo), conseguem chegar a todos os trabalhadores, independentemente da língua.

- Depois, façam primeiro esta sessão para todas chefias directas: encarregados, chefes de equipa. Ponham-os a discutir esses problemas, como podem formar todos os trabalhadores, entre outras coisas.

- Por fim, façam esta formação a todos os trabalhadores, antes que entrem em obra. Mas deixem que sejam os chefes deles que falem, isto é, que seja o encarregado que lhes explique o vídeo, lhes tire dúvidas. Vocês estão lá para ajudar e responder às questões mais bicudas.

Tentem e digam-se como resultou. Basta enviar um email. Podem fazer o download do filme directamente aqui.

Blogs - Experiência Portuguesa

Encontrei este interessante estudo sobre a blogosfera em Portugal. Chama-se Blogs - Experiência portuguesa e foi feito pelo Hugo Manuel Neves da Silva, no âmbito do mestrado em Ciências da Comunicação, da Universidade Católica Portuguesa. Já é um pouco antigo: Fevereiro de 2005. O que, para a velocidade da blogosfera, é uma verdadeira eternidade.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Legislação nacional e comunitária

Uma ferramenta indispensável para qualquer técnico de segurança é a legislação, quer nacional, quer comunitária. Leis, portarias, directivas são instrumentos de trabalho.

Com vista a facilitar a busca de legislação, passaremos a indicar alguns links úteis:

- Diário da República: agora, online e grátis. Só falta ter a funcionalidade de busca por palavras chave. Para quando essa funcionalidade de busca?

- Jornal Oficial: este permite a busca por palavras chave, bem como a busca por nº de diploma. As várias possibilidade de busca podem ser vistas aqui.

Mais à frente, para facilitar a busca dos diplomas importantes para a Segurança e Saúde no Trabalho, dedicarei alguns posts a esse tema.

domingo, agosto 20, 2006

Riscos no Trabalho

Como prometido aqui, começamos uma série de posts relacionados com situações de risco encontradas por este país fora. As fotos analisadas terão várias origens. Esta é do Abrupto, sendo da autoria de Gil Coelho, como referido no blog.

Tentando olhar para esta situação de trabalho do ponto de vista da Segurança e Saúde no trabalho, começarei por descrever a situação de trabalho, depois, identificarei as situações de risco e quais os acidentes que poderão ocorrer e, por fim, recomendarei algumas medidas de prevenção.

Descrição da situação de trabalho
Como se pode observar na foto, trata-se da reparação do telhado de um edifício. Este edifício, apesar de não ser possível vê-lo na totalidade, parece ter pelo menos 2 pisos. O acesso ao telhado é feito por uma escada, que parece ligar o rés do chão ao telhado. A altura do telhado deverá ser aproximadamente de 8 / 9m. Os materiais são transportados para o telhado por uma grua.

Riscos
Queda em altura
A situação mais óbvia é a possibilidade de queda em altura durante a execução do trabalho. É claro que nenhum dos 3 trabalhadores têm qualquer protecção contra quedas. A possibilidade de a qualquer deles lhes esbarrar um pé é grande. E cairão de 8 ou 9 m de altura, uma altura considerável.

A segunda situação que merece nota, é a possibilidade de queda em altura, quando sobem para o telhado. A escada não parece estar solidamente atada, havendo a possibilidade que caia. Para além disso, na altura da passagem da escada para o telhado, sem qualquer apoio para se segurarem, é fácil que qualquer dos trabalhadores caia.

Queda de objectos
A terceira situação, é a possibilidade de queda de materiais do telhado, constituindo este facto um risco para as pessoas que circulam em baixo junto ao edifício. Não existe qualquer protecção contra queda de objectos.

A quarta situação, relaciona-se também com queda de objectos, mas neste caso da grua. O equipamento que usam para colocar o material não parece ser fechado, possibilitando a queda do material.

A quinta situação relaciona-se com a queda da própria grua. Estará bem escorada?

Riscos eléctricos
Na imagem, vêem-se 2 cabos, que passam por cima das varandas e dirigem-se ao telhado junto à escada. Serão cabos eléctricos? Estarão em perfeito estado de conservação?

Riscos ergonómicos
A postura de trabalho, claramente debruçados na operação de colocação de telhas, poderá acarretar problemas do foro musculo-esqueléctico, como sejam as lombalgias de esforço.


Para além destas situações de risco, outra situação merece atenção: apenas um dos trabalhadores utiliza capacete, mostrando claramente a falta de supervisão na obra.

Recomendações
Nesta situação, vê-se claramente a falta de dois importantíssimos factores na gestão da Segurança:
- Empenhamento das chefias da empresa na definição de normas de segurança claras e em garantir o seu cumprimento, bem como na garantia dos meios de protecção necessários para a execução do trabalho em condições de segurança;
- Apoio técnico à gestão da empresa na definição dos meios de protecção necessários e de normas de segurança adequadas.

Não é possível perceber, apenas a partir da imagem, se são as chefias que, bem aconselhadas por profissionais de segurança, não têm o empenhamento para implementar as recomenções destes, ou se, pelo contrário, são os profissionais de segurança que não dão o apoio necessário a chefias empenhadas em garantir as condições de trabalho adequadas. Provavelmente, é um misto das duas situações: nem chefias empenhadas, nem apoio técnico adequado.

As duas primeiras situações a resolver são as apontadas acima (sendo também as mais difíceis de resolver), visto todas as que irei referir a seguir são resultado e sintomas desta falta de empenhamento das chefias e do apoio técnico necessário:

- Colocar sistema de protecção contra quedas em altura e quedas de objectos, por exemplo, guarda corpos (com rodapés) ou redes de protecção. Se não for possível, ;

- Dotar a obra de acesso ao telhado adequado, constituído, por exemplo, por andaime com escadas incorporadas;

- Substituir o equipamento de transporte de cargas por um fechado, que evite quedas de materiais;

- Garantir a subida de cabos para o telhado de forma mais adequado, por exemplo, com esteira provisória de cabos, evitando assim que possam ser deteriorados e garantir que estes estejam em boas condições, sem o condutor à vista. A instalação eléctrica também deverá ser adequada, tendo dijuntor de 15 mA (não tenho a certeza se serão 15 ou 30 mA);

- Definir área de proibição de passagem, ao nível do solo, perfeitamente delimitada e sinalizada, de modo a garantir que ninguém passe em zona de risco;

- Definir o equipamento de protecção individual necessário, pelo menos, capacete, calçado com sola e biqueira de aço e luvas de protecção mecânica, e garantir que seja efectivamente utilizado;

- Garantir que a grua está devidamente fixada e que é inspeccionada, bem como todos os cabos e eslingas necessários à movimentação de cargas;

- Por fim, garantir que todos os trabalhadores têm a formação necessária, especialmente, quem maneja a grua.

Trata-se da análise possível com os meios que tinha ao meu alcance, que eram apenas a foto. Provavelmente, é simplista em alguns pontos, errada em outros, mas foi a possível. Comentem, discutam e acrescentem o que quiserem. Basta enviar um mail.

Acabem com os sacrifícios humanos!!!

Leiam este excelente texto publicado no Root Cause Analysis. Mostra claramente qual o problema que lidamos na Segurança do Trabalho: a sucessão de pequenos nadas que resultam em tragédias; o sofrimento humano que causam; o modo de alterar este estado de coisas.

Que só pode ser responsabilizar toda a gestão da empresa por uma política de tolerância zero a esses pequenos nadas. Mas antes de eles causarem acidentes...

Root Cause Analysis

Vagueando na net, fui encontrar o Root Cause Analysis. É um blog criado por uma empresa que lida com estes temas em indústrias de alto risco. Vale decididamente uma visita. E vai para a barra de links.

sábado, agosto 19, 2006

Aos empresários cumpridores da lei II

Há uns dias, comecei a publicar aqui uma lista de empresas prestadoras de serviços externos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho com página na net. Hoje, continuarei essa lista, identificando quais as empresas licenciadas pelo ISHST. Podem consultar a listagem de todas as empresas com processo no ISHST aqui.

Empresas licenciadas
Rodrigues e Gamelas - Mira; SMGP, Consultores - Porto; Segatrab - Vila Nova de Gaia

Empresas não autorizadas
Secipe - Lisboa

Empresas com processos pendentes
Medicar - Almada; CPMT - Porto; HSA - Barcarena; Previnorma - Lisboa; S.T.A. e Medipreve - Lisboa; UCS - Lisboa; E.C.C. - Évora; Prévia - Almancil; Laborsegur - Porto; Controlsafe - Joane; Sigalabor - Vila Nova de Gaia; Lusogiene - Queluz; Cedros - Setúbal; Espesaúde - Rio Meão; H2ST - Torres Novas

Empresas que não constam da lista
Percentil - Oeiras; HiSósegur - Tortosendo; Mário Alves Castro, Unipessoal - Vila Nova de Gaia; Eurotrata - Corroios

Neste e no post anterior, listei cerca de 50 empresas. Foram as que encontrei na net. Se encontrarem mais alguma, digam.
Quem necessitar de mais contactos, pode ir às páginas amarelas.

Músicas...

Como a vida não é só trabalho, aqui vai mais uma das minhas bandas favoritas. Desta vez, é portuguesa.

Acompanho a carreira dos Mão Morta desde o seu início. Grupo criado em Braga, com o Adolfo Luxúria Caníbal como principal figura, são terríficos, tétricos. Mas, mesmo assim, gosto.

Tive a felicidade de ver esta espectáculo no CCB. Espero que gostem.


Será possível??!!

Numa das listas de discussão que recebo, foi distribuída esta mensagem que, pela impressão que me causou, transcrevo parcialmente:

"Nuestro cc. Amancio Schullcas de 38 años murió el 6 de agosto del 2006 cuando estaba haciendo la estiba en el Mercado de Huancayo, sección verduras. Él como otros muchos estibadores cargaba un saco de 170 kilos sobre los hombros y como la ruma estaba muy alta, se le cayó otro saco del mismo peso sobre la cabeza y su columna se partió en dos. Deja a su esposa y cuatro hijos, no tenemos seguridad social, tuvimos que hacer una cuota para pagar su entierro y sólo con el apoyo mutuo van saliendo adelante.

El cc. Víctor Huincho de 48 años falleció de un derrame cerebral, debido a que la cabeza se utiliza para soportar los sacos y siempre se golpeaba el cerebro, estos sacos van de 130 kilos a más de 180 kilos y tenía muchos golpes; deja a una familia de esposa y seis hijos menores. "

Guillermo Onofre - Federación Nacional de Estibadores Terrestres y Transportistas Manuales del Perú (FETTRAMAP)

Será possível o transporte manual de 180 kg?!!! Hoje, no século XXI!!!

Links

Coloquei hoje um conjunto de links que me parecem poder ser importantes para quem se interesse por esta área. Foram links anteriormente referidos em posts no Morrer a Trabalhar. Ainda não estão todos. Continuarei esta tarefa por estes dias.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Guidelines de Segurança, Saúde e Ambiente

Para quem necessita de informação sobre alguma indústria em particular, encontrei a página do International Finance Corporation, que faz parte do Banco Mundial. Aqui, podem encontrar-se um conjunto de guidelines de Segurança, Saúde e Ambiente, para um conjunto de indústrias: indústria têxtil, lacticínios, fabricação de vidro, entre muitas outras. Todos os guidelines são uma versão draft e podem ser comentados. Quem quiser, basta registar-se e deixar os seus comentários.

Legislação Peruana

Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a legislação peruana de segurança e saúde no trabalho, pode consultar o Ministério de trabajo y promoción del empleo. Porque é que o nosso ISHST não tem uma secção de legislação como esta? Para acedermos a um site parecido, temos que ir aqui, à página do IDICT, entretanto extinto. E, mesmo assim, não temos links para a legislação. Será que somos nós os do 1º mundo?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Surpresas!!!

Regressado do fim de semana prolongado, esperava-me uma enorme surpresa: um aumento de tráfego enorme no Morrer a Trabalhar. Tentei perceber qual a razão. E eis que, através do Technorati, chego aqui. Um link no famoso Abrupto!!! Fiquei surpreendido, mas contente. Agora, as responsabilidades são maiores.

Até porque se refere ao início de um projecto ainda não concretizado. Está apenas em esboço e ainda nem sequer nome tem. Como se irá chamar este projecto? Partirá das imagens dos Retratos do Trabalho do Abrupto, mas irá olhar para eles de uma forma distinta, que enunciei aqui:

Olharei do ponto de vista da Segurança e Saúde no Trabalho. Tentarei ver que riscos se escondem em cada uma das imagens, que acidentes poderão ocorrer, que doenças profissionais serão possíveis (...)

Estou, definitivamente, contente. Espero que os novos visitantes gostem do Morrer a Trabalhar. Alguns dos primeiros feedbacks são positivos. Vamos ver...

sábado, agosto 12, 2006

Fim de semana prolongado...

Por isso, provavelmente estarei ausente.

Desejo a todos um excelente fim de semana ou, para os que estão de férias, umas excelentes férias.

Aos empresários cumpridores da lei

Sr. Empresário,

Pretende cumprir a legislação e contractar uma empresa prestadora de serviços externos de SHST? Não sabe o que fazer? Não sabe quais são as suas obrigações legais?
(...)

Este seria o início de qualquer carta de uma empresa prestadora de serviços de SHST que pretendesse vender os seus serviços. Em seguida viria a proposta: descrição dos serviços prestados, preços, condições dos serviços...

Mas faltaria, com toda a certeza, uma informação importantíssima: esta empresa está licenciada para a prestação de serviços externos de SHST, pelo ISHST. Porquê? Porque, como referi neste post anterior, só existem 13 empresas licenciadas para o efeito!!!

E, mais grave até que isso, iria receber propostas de empresas que foram, formalmente, não autorizadas a prestarem esse tipo de serviços. Estas empresas deveriam estar extintas, mas vão-lhe enviar essa carta. Nestas condições estão cerca de 113 empresas.

Por último, e esta é a alternativa mais provável, poderia receber uma proposta de uma das cerca 465 empresas cujo processo está pendente de licenciamento.

Como o sr. empresário é uma pessoa respeitadora da lei, iria, com certeza:
  • - Aceitar a proposta, no primeiro caso da empresa licenciada;
  • - Rejeitar liminarmente a proposta das empresas não autorizadas;
  • - E ficaria sem saber o que fazer, no caso das empresas com processos pendentes.
Para já, não o ajudarei a resolver o dilema posto pela terceira alternativa. Irei, sim, ajudá-lo a saber, perante uma proposta deste tipo, qual a situação da empresa: licenciada, não autorizada ou com processo pendente.

O primeiro passo é verificar se a empresa em causa se encontra nesta listagem, na página do ISHST.

Vou, sr. empresário, tentar ajudá-lo mais um pouco. A seguir, colocarei todas as empresas prestadoras de serviços externos de SHST que consegui encontrar na net, identificando em que situação se encontram:

Empresas licenciadas

Ambergo - Braga; Certitecna - Lisboa; XZ Consultores - Braga

Empresas não autorizadas

K-Med - Lisboa; Projectoami - Queluz

Empresas com processos pendentes

Ecosaúde - Lisboa; Medicar - Porto, Lisboa e Almada; Medi-T - Porto; Segurévora - Évora; SO-Saúde Ocupacional - Paço de Arcos; Europgs - Aveiro; Previform - Ponte de Lima; Hegolar - Cantanhede; PT ACS - Lisboa; Factor Segurança - Porto; Cosat - Prior Velho; ARAN - Porto; NERBE - Beja; Euveo - Trofa; Interprev - Covilhã; Unimed - Lisboa; Sagies - Lisboa; +SHST - Faro; Enviestudos - Cacilhas; K-Med Europa - Lisboa; K-Med Centro - Leiria

Empresas que não constam da lista

Consulrisco - Santo António dos Cavaleiros

Espero que tenha ajudado. Voltarei a este assunto mais tarde.

À medida que for encontrando novas empresa, irei actualizando este post.

ivogomes.com

Recentemente, deambulando pela net, fui, click atrás de click, levado à página do Ivo Gomes. É uma página bonita, bem feita e fácil de navegar, não trabalhasse o autor nestas coisas da usabilidade. E tem também um blog.

O Ivo é ergonomista e daí a relação com a Segurança e Saúde no Trabalho. A ergonomia é uma das suas áreas essenciais.

Simplisticamente, a ergonomia é a ciência (será ciência? essa discussão levar-nos-ia longe...) ou tecnologia que estuda a relação trabalho/homem, do ponto de vista da adequação do trabalho ao homem. Aqui, podem saber um pouco mais. Mais tarde, falaremos sobre este tema em mais detalhe.

Em suma, vale a pena visitar a página.

Retratos do Trabalho

O Abrupto publica, há vários meses, uma colecção de posts a que chama Retratos do Trabalho. José Pacheco Pereira, o autor que todos tão bem conhecem, descreve-os assim:

Os Retratos têm um programa simples: pessoas normais a trabalharem normalmente. É o lado da vida das pessoas que mais lhes determina o quotidiano, a que horas se levantam, os caminhos que levam, o tempo que têm ou não têm, o esforço de todos os dias, o modo como se relacionam socialmente, o dinheiro que têm. O trabalho raras vezes é fonte de felicidade, mas ter trabalho dá uma dignidade que faz muita diferença, em tempos de desemprego. (...) Muitos leitores do Abrupto têm olhado assim para o trabalho.

Irei aproveitar-me do Abrupto, e das muitas fotos que os leitores lhe foram enviando, para olhar o trabalho de outra forma. Talvez menos romântica, mais pragmática. Irei, se conseguir, olhar para os Retratos com uma visão clínica, de técnico.

Olharei do ponto de vista da Segurança e Saúde no Trabalho. Tentarei ver que riscos se escondem em cada uma das imagens, que acidentes poderão ocorrer, que doenças profissionais serão possíveis.

Mas não me limitarei ao diagnóstico. Tentarei recomendar medidas de prevenção: das mais óbvias, os equipamentos de protecção individual, às mais elaboradas, como as medidas de engenharia.

É pena que, nos arquivos do Abrupto, já não se encontrem muitos dos Retratos dos meses anteriores. Não sei porquê, mas desapareceram. Talvez peça ao Pacheco Pereira que me envie os restantes.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Trabalho

Aquilo que faço...

Aqui, aqui e aqui.

Para que serve o contador de visitas?!

No KMOL, um site sobre Gestão do Conhecimento e Aprendizagem Organizacional, encontrei esta pérola humorística:

O site do Dilbert (dilbert.com), a certa altura, mostrava um alvo. Por baixo do alvo dizia: "Se quer saber como aumentar o numero de hits no seu site, clique aqui." Tentei uma vez e... nada. Tentei outra vez e… nada. Tentei, tentei, tentei e só após o quinto clique percebi o que se estava a passar.
Moral da história: medir o valor de uma comunidade pelo número de hits no site que lhe serve de suporte, de pouco vale.
Contada por Richard McDermott Fevereiro, 2004
Fez-me reflectir na razão porque olho tantas vezes para o contador, comparando-me com outros blogs. E pensar que, se calhar, não vale a pena.

No entanto, uma coisa posso garantir: O Morrer a Trabalhar não tem qualquer sistema para aumentar o nº de hits. O contador que tem apenas conta as visualizações reais (hits). E, por acaso, desconta as minhas...

Objectivos...

O ISHST, segundo este post no HSTAPT, definiu, em Setembro de 2005, como objectivo licenciar 150 empresas até final do ano (de 2005!). Estamos em Agosto de 2006. Sabe quantas licenciou? 13!!!

Sem mais comentários...

Blogossário

ou, Glossário da Blogosfera...

Para quem se quiser familiarizar com os termos utilizados na blogosfera (e mesmo saber o que é a blogosfera) o melhor mesmo é ir aqui. Eu irei, porque tudo ainda é muito novo, mesmo para o Morrer a Trabalhar, já com mais de um ano e meio de idade.

Para principiantes na blogosgera

O TIC-HST, de que já falei num post anterior, tem um bom conjunto de informação para quem quer iniciar um blog. A mim, ser-me-á útil. Irei buscar muita informação sobre ferramentas para melhorar o Morrer a Trabalhar a este seu post. É pena que já tenha acabado. Tinha um objectivo curto e definido: o módulo de formação. E as aulas já acabaram.

O que é blogar?

O Bitaites responde no post a Arte de Blogar (versão Bitaites). Gostei especialmente destes dois pontos:
Se só estás preocupado em agradar a quem te visita, o blogue deixa de ser teu. Se não és perfeito, porque razão o teu blogue há-de ser?

Fala mais dos outros e menos de ti. É assim que um blogue se torna mais pessoal: mostrando a tua visão da vida, não as mil e uma formas de olhar para o teu umbigo.

É o que acontece, muitas vezes, comigo: tentar agradar a quem me visita, a (quase) todo o custo e falar de mais acerca de mim. Parece-me que irei seguir alguns dos conselhos do Bitaites...

Para descontrair...


Há emergências que não podem mesmo esperar...

Encontrei este equipamento de emergência no entaladelas.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Calçado de Protecção

No 100riscos, encontrei umas fotos bastante interessantes sobre os testes efectuados aos sapatos de protecção, de modo a avaliar as suas características.

Teste de Resistência ao Calor

Teste de Impermeabilidade

Teste de Compressão da Biqueira

Teste de Condutividade

A realização de todos estes testes é importante para garantir que o Equipamento de Protecção Individual, neste caso o calçado de protecção, possui as características necessárias para garantir a protecção a quem o utiliza. Para isso, existem normas que definem as características de cada tipo de equipamento de protecção individual. Mais tarde, voltarei a falar das normas existentes.

Todas estas fotos vieram do Centro Tecnológico do Calçado, de acordo com o referido no 100riscos.

Segurança e Higiene Ocupacionais

Mesmo agora descobri um novo blog português sobre Segurança e Higiene do Trabalho. Chama-se Segurança e Higiene Ocupacionais. É muito recente, tendo começado apenas no mês passado e ainda tem pouca informação.

Descreve-se como:
"Este blog constitui um espaço de promoção da Segurança e Higiene Ocupacionais"

Desejo felicidades ao Orlando Queirós, o seu autor.

Veremos como cresce...

terça-feira, agosto 08, 2006

Projecto Gutenberg

Descobri hoje, ao ler a DiaD, a revista de 2ª feira do Público, o Projecto Gutenberg. É um site com mais de 18000 livros online, grátis! Ainda não pesquisei o suficiente, para verificar se têm alguns livros sobre Segurança e Saúde. No entanto, parece-me ser um site que vale a pena visitar.

Existem mais de 50 livros em Português e já vi que os clássicos estão todos lá. Talvez para os pais com filhos que estudam, estes livros possam ser usados. Sempre é menos uma coisa que têm que comprar.

domingo, agosto 06, 2006

Músicas

Como a vida não é só segurança, periodicamente colocarei no Morrer a Trabalhar vídeos de que gosto. Este veio do YouTubes.

Para começar, não poderia escolher outro. Tinha que começar por uma das minhas bandas favoritas e que influenciou mais bandas que qualquer outra: The Velvet Underground.

Os Velvet foram formados na década de 60 por dois dos mais importantes músicos rock do século XX: John Cale e Lou Reed. Para além deles, faziam parte Sterling Morrison e Maureen Tucker, já falecida. O Seu primeiro albúm, que passou à história como o albúm da banana, The Velvet Underground and Nico, é um dos melhores albúns da história do rock. Vejam Sunday Morning. Espero que gostem...

BioTerra

Um blog sobre ambiente, desenvolvimento sustentável, não violência. Vale a pena dar uma vista de olhos. Apesar de me parecer um pouco extremista, com laivos de fundamentalismo ambiental, é um blog interessante. Chama-se BioTerra.

E tem um gosto musical parecido com o meu. Vi bastantes vídeos que gosto. E mostrou-me que um blog também pode ter vídeos. O Morrer a Trabalhar também os terá já, já.

Praia

Pois é, a vida não é só trabalhar! Às vezes, esqueço-me.

Hoje, foi um dia extraordinariamente relaxante: praia, em Santa Cruz, um excelente almoço em belíssima companhia, uns bons banhos de mar...

E, agora, preparado para enfrentar mais uma semana, com toda a energia. Que, com toda a certeza, vai também ser uma excelente semana.

Comunidade virtual

Encontrei ontem, deambulando pela net, uma comunidade virtual muito interessante. Não sei se posso chamar exactamente uma comunidade virtual, mas é o melhor nome que encontro. O mais interessante de tudo é que é uma comunidade que surgiu em torno da SHST. E eu que julgava que estava só...

Explicando um pouco melhor, e pelo que percebi, surgiu num curso de técnicos superiores de segurança e higiene do trabalho, que, numa das cadeiras, resolveram fazer, cada um, um blog. O curso foi na IEBA, em Mortágua. São esses blogs que irei apresentar em seguida.

Começo pelo blog do professor Semedo, da cadeira de TIC (será Tecnologias de Informação e Comunicação?), que me parece ter sido o inspirador desta comunidade virtual. O blog é interessante e dá bastante informação sobre como fazer um blog. Apesar de ainda não o ter analisado com suficiente atenção, irei fazê-lo, até para melhorar o Morrer a Trabalhar.

Desta constalação de blogs, um dos mais interessantes é o 100riscos. Parece-me ser um blog colectivo, pois são vários os que escrevem. Alterna assuntos sérios, relacionados com Segurança e Saúde, e outros mais engraçados e descontraídos. Terá lugar na pasta de links ao lado. Só espero que, tendo acabado o curso, não acabe por desaparecer. Mais tarde, voltarei a falar dele.

O entaladelas, de je.aguiar, é um blog que alia o humor à segurança e saúde. Tem alguns posts muito engraçados. Com certeza, irei lá buscar algumas coisas para o Morrer a Trabalhar. Espero também que não desapareça.

No Anfíbios, da Leopoldina, vê-se que ela gosta de anfíbios. É interessante, para quem se interessa por esta área.

No Espelho da Perfeição, da Paula Matos, vê-se que a autora está mais interessada na área da Qualidade que em SHST.

Os restantes são mais fracos e, praticamente todos, estão já desactualizados. Provavelmente, serviram apenas para fazer a cadeira.
No smariamartins, a Sandra Martins também utilizou o blog para falar sobre segurança. E, mais importante que isso, foi mãe. Parabéns! Espero que tudo corra bem.
O Vitor Almeida, no blog homónimo, tem alguns posts interessantes sobre classes de incêndios e extintores.
A Filipa, com o blog homónimo, que, apesar de muito curto, ainda fala sobre segurança.
O Atento, do Augusto Neto, tem umas fotos interessantes relacionadas com segurança.
A Isabel Couto, também com um blog com o seu nome, e também fala sobre segurança, mas sobretudo do seu casamento. O que não me parece mal, pois é uma ocasião muito importante na vida. Desejo-te, Isabel, as maiores felicidades.
O blog homónimo da Sandra Veiga é muito curto.
O syliviasoares, da Silvia Soares, também é curtíssimo e com um humor interessante.
A Cristina Antunes, aproveitou o blog homónimo para o humor.
O palavras soltas, da Cristina Pinto, é tão pequeno que praticamente não existe, apesar de ela ser bonita (e termos o mesmo apelido!).
O coimbra, da Cláudia Paiva, não é muito interessante.
O bigmartins, do António Martins, também é pequeno e nele ficamos a saber que o António é de Santa Comba Dão.
A Cláudia Magueta, no Magueta, informa-nos que também é de Santa Comba.
O ricardão, do Ricardo, também praticamente não existe, de tão pequeno, e é de algum mau gosto.

O mais interessante desta experiência é a criação de uma comunidade virtual em torno da Segurança e Saúde no Trabalho. Mais até do que a maior ou menor qualidade dos blogs. Espero que alguns destes blogs sobrevivam e continuem a dedicar-se à SHST.

E desejo a todos que embarcaram nesta aventura de serem técnicos de segurança que sejam felizes e tenham sucesso. Esta área é, vão com certeza descobrir, ao mesmo tempo aliciante e motivadora, mas também difícil e, às vezes, desesperante...

sábado, agosto 05, 2006

Napo: um jovem inseguro ou, talvez, apenas um jovem...

Este excelente vídeo foi elaborado no âmbito da campanha europeia Crescer em Segurança, de que falei recentemente. Vejam, que vale definitivamente a pena!!

Aliás, façam o download e apresentem-no nas vossas acções de formação. Para isso, basta clicar aqui com o botão direito do rato e escolher Save target as... ou, para quem tenha o Windows em português, Gravar como...

No vídeo surge o Napo, um trabalhador jovem, com comportamentos não muito seguros e que vai vivendo um conjunto de situações engraçadas, mas, sobretudo, pedagógicas.


Motivações...

Estou a reler o Morrer a Trabalhar. Algumas coisas, hoje, não as teria escrito, outras gostei.

Num dos posts que reli, defini alguns objectivos, em termos de visitantes:
Quais serão os meus objectivos? Primeiro, aumentar o número de page views do blog. Em seguida, aumentar o número de visitantes que retornem ao blog. Por fim, aumentar a interacção com os leitores, recebendo o maior número de mails possível.

Verifico que ainda estou na 1ª fase. O que é normal, uma vez que o Morrer a Trabalhar está parado à cerca de 8 meses.

No entanto, o mais significativo, ontem e hoje, é esta fixação no número de visitantes!!! Não me parece que deva ser esta a motivação.

A motivação terá que ser o prazer de escrever. Mais do que isso, terá que ser o dever de escrever...

Corrida de Velocidade!!!

No 1º post de 2006, estava, mais ao menos, na mesma situação que hoje: regressava de um período de 6 meses sem escrever no
Morrer a Trabalhar
. E referi que, apesar de existirem muitas razões para essa ausência, não eram suficientemente importante para deixar morrer o blog. Hoje, digo o mesmo!


Num outro post, referi que um blog é mais uma maratona que uma corrida de velocidade. E que, por isso, iria recomeçar devagar, para evitar desistências. Parece que nada aprendi desde então. Estou, novamente, numa corrida de velocidade. O que não auspicia nada de bom! Cansar-me-ei já nos próximos metros?

A isso não posso responder agora. Talvez, mais tarde o consiga. A resposta virá do acto de manter este blog vivo e activo. Apenas posso afirmar que o tentarei fazer!

Como? Também não sei responder. O futuro o dirá...

Alterações...

Foram várias, hoje, no Morrer a Trabalhar.

Aumentou-se a área para a escrita, adaptando-se o blog a computadores com maiores resoluções. Colocou-se, no final do blog, um mapa mundo, com indicações de onde são os visitantes (apesar de me parecer que não é muito fiável). Retirou-se o motor de busca, no final da página, e colocou-se um outro, do Technorati. Alterou-se a secção de links, definindo um espaço para blogs e outro para outro tipo de sites.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Crescer em Segurança


Este ano, o lema da semana europeia de Segurança e Saúde no Trabalho é Crescer em Segurança ou, na versão inglesa, Safe Start. Tem duas vertentes:
  • - uma, focada no local de trabalho, é dirigida a aumentar a sensibilização dos jovens trabalhadores para os riscos e para a necessidade de trabalhar em segurança, bem como a alertar os empregadores para a necessidade de formação e supervisão acrescida
  • - a segunda, dirigida à comunidade educativa, visa a sensibilização dos jovens, através das instituições que frequentam: universidades, centros de formação profissional,...

A campanha visa atingir os seguintes objectivos:

  • - Sensibilização dos jovens trabalhadores para os riscos da SST e para o que precisam fazer quando começam a trabalhar
  • - Sensibilização das entidades patronais para o que devem fazer quando um jovem começa a trabalhar e para a necessidade de agirem em conformidade
  • - Educação de sensibilização para os riscos e SST na formação profissional - preparação para o primeiro dia de trabalho
  • - Apoio à Estratégia de Lisboa, em especial, ao Pacto para a Juventude

Trabalho infantil!!

Na lufa a lufa do dia a dia, esquecemo-nos de coisas importantes. O trabalho infantil é uma delas. Continua a ser um flagelo no mundo. Mais de 200 milhões (!!!) de crianças continuam a trabalhar, todos os dias, sem ir à escola, sem brincarem...

Até em Portugal, que julgamos e queremos parte do 1º mundo, de quando em quando surgem notícias menos alegres. Como esta, recente, do Expresso, sobre algumas fábricas de calçado no Norte, que, presumivelmente, trabalhavam para a Zara.

A OIT fez um vídeo belíssimo, se pudemos usar este adjectivo para qualificar algo relacionado com o trabalho infantil. Vejam! Vale sinceramente a pena. Para saberem mais sobre este tema, vão aqui.

A propósito, o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil foi dia 12 de Junho. Não passou assim à tanto tempo.

Desafio...

Lanço-vos um desafio: que analisem a situação ilustrada pela imagem, a comentem como vos aprouver e definam uma estratégia para resolver este tipo de problemas. Enviem as vossas respostas para aqui.

Seria interessante discutir o que deve e pode ser feito nesta situação.

Publicarei as respostas mais adiante.

Associações Profissionais

Parece-me ser importante dar a conhecer as associações relacionadas com a Segurança e Saúde no Trabalho, existentes em Portugal. Já anteriormente falei em duas, aqui e aqui.

Ao navegar na net, encontrei as seguintes associações. Se souberem de mais alguma, digam. Terei todo o prazer em publicá-la:
  • - APTPS - Associação Portuguesa de Técnicos de Prevenção e Segurança
  • - ANTEC-SHT - Associação Nacional de Técnicos de Higiene e Segurança no Trabalho
  • - APSET - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO
  • - SPOSHO - Sociedade Portuguesa de Segurança e Higiene Ocupacionais
  • - ANTESHT - Associação Nacional de Técnicos de Segurança e Higiene do Trabalho (sem site, por isso qui vai o mail: antesht@clix.pt)

Estas associações têm carizes diferentes. Mais adiante, analisarei cada uma com mais detalhe.

Desatre Total...

No blog Desastre Total, encontrei este completo desatre total, passo o pleonasmo. O comentário feito tem todo o sentido deste mundo: Depois estranham os desastres...


Reencontro...

Ao vaguear na net, reencontrei um velho amigo, o Paulo Dinis. Melhor, encontrei o seu site actual. Vale a pena uma visita.

No entanto, ao ver o forum de discussão que criou, tive alguma pena, por ser tão pouco movimentado. E relembrou-me a extinta Ergolist, de que já aqui falei. Esta, conseguiu um feito inédito e difícil de atingir: reuniu um conjunto de participantes vasto e variado, desde médicos do trabalho, a enfermeiros, sociólogos, técnicos e técnicos superiores de higiene e segurança, em torno de conversas acaloradas e interessantes. Algo que hoje, em Portugal, eu não conheço. Foi pena que tenha tomado a decisão de a extinguir.

E o modo como a substituiu não resultou. Parece-me que a alteração do modo de interacção não ajudou. As pessoas, eu incluído, são comodistas e continuam a preferir não ter que se mexer muito, preferindo receber as mensagens na sua caixa de correio.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Vídeo irresistível!!!

Não resisti a colocar este vídeo, que encontrei no Confined Space e, depois, fui buscar ao YouTube. É delicioso e ilustra, não sei se bem ou mal, as condições de trabalho nos call centres.



Passem por este site e procurem vídeos. Como vêem, podem colocá-los no vosso blog.

Inspecção Geral de Trabalho


Na última visita que fiz ao site da IGT , fiquei agradavelmente surpreendido. Aliás, do ponto de vista técnico, pareceu-me recheado de informações bastante mais interessantes que o site do ISHST (que, digo já, não visito aprofundadamente à algum tempo).

Nesta página, que titulam Direitos e Obrigações - Segurança e Saúde no Trabalho, têm um conjunto de documentos muito interessantes, uns da autoria da própria IGT, outros de outras fontes. Apenas li, na diagonal, o documento sobre Segurança na Utilização de Plataformas Suspensas e de Elevação de Trabalhadores. Vale a pena dar uma vista de olhos. Mais tarde, irei analisar aqui alguns dos documentos que apresentam.

Fica uma questão: não caberia ao ISHST a responsabilidade da divulgação deste tipo de documentos? Porque não o faz? A mim, parece-me que se ajustaria melhor às funções desse organismo. Mas, apesar de tudo, mais vale que alguém o faça...

Emprego

A vida não está nada fácil, principalmente para quem está desempregado. Por isso, aproveitamos o Morrer a Trabalhar para divulgar o NETEMPREGO, um site criado e gerido pelo IEFP e que nos parece bastante interessante.

Se são Técnicos de Higiene e Segurança e procuram emprego, cliquem aqui e escolham, na área profissional, o ítem que diz Inspectores Obra, De Segurança...

E não desanimem. Esta notícia no Correio da Manhã diz, textualmente:
O sector privado de emprego destaca como áreas onde se regista um maior número de propostas de trabalho os serviços, informática, grande distribuição, ‘call centers’, contabilidade e secretariado. (...) No futuro, estima-se que haja um aumento da procura de pessoal qualificado como técnicos de Higiene e Segurança.

ISHST e Autorização de Empresas

Fazendo um breve apanhado (aproximado) sobre o processo de autorização de empresas prestadoras de serviços externos de segurança, higiene e saúde no trabalho, eis o ponto da situação:
  • - Empresas autorizadas: 13
  • - Empresas não autorizadas e cujos processos foram arquivados, por ausência de resposta a notificações: 62
  • - Empresas não autorizadas e cujos processos foram arquivados, por desistência do processo: 34
  • - Empresas não autorizadas e cujos processos foram arquivados, por rejeição liminar do requerimento: 8
  • - Empresas não autorizadas e cujos processos foram arquivados, por não cumprimento dos requisitos legais: 9
  • - Empresas cujos processos se encontram pendentes: 465

Poderá ser consultada aqui a listagem actualizada a 10 de Julho deste ano. É interessante ver o nome de algumas das empresas não autorizadas!!!

Ficam, no entanto, algumas perguntas por responder:

  • - Sabendo agora que existem 113 empresas não autorizadas, como irá proceder o ISHST? Irá fechá-las?
  • - E como irão responder os nossos empresários? Irão contractar só as que estão autorizadas? Ou, pelo menos, não contractaram as não autorizadas?

Parece que o país começa a funcionar...

Uma notícia interessante surgiu o mês passado no Mirante Online que mostra, talvez (?), que este país começa a funcionar:

O concurso aberto pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo para a prestação de serviços de segurança e saúde no trabalho deverá ser amulado, porque a empresa que o ganhou não está autorizada pelo ISHST para a prestação destes serviços.

Mais interessantes que isso é que nenhuma das empresas que concorreu ao concurso estava autorizada para prestar estes serviços!!!
Algumas questões ficam no ar:
  • - O que fazer numa situação destas, quando apenas 12 empresas estão autorizadas para a prestação destes serviços?
  • - Não deveria constar, como pré-requisito, no lançamento deste concurso a exigência deste tipo de autorização?

Bem, pelo menos é um passo em frente. Assim o ISHST saiba interpretar esta necessidade urgente de acelerar o processo de autorização.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Safework



Apesar de ainda não ter visto com muito detalhadamente este projecto, parece-me que merece alguma atenção. Por isso, vão a este link. Começou em Janeiro de 2005 e estende-se até final de 2007. Envolve um conjunto de empresas e instituições da área dos moldes e tem alguns objectivos interessantes:

  • - Promover acções de sensibilização para a adopção de Comportamentos Seguros
  • - Incrementar as competências dos colaboradores das PME - Moldes e Plásticos, na área de Segurança e Saúde no Trabalho
  • - (Re)organizar o trabalho das PME, promovendo a Prevenção e o Controlo dos Riscos
  • - Contribuir para a implementação de uma política de Segurança e Saúde no Trabalho em três PME
  • - Criar e dinamizar o Fórum Empresarial, constituindo uma rede inter-empresas, geradora e multiplicadora do Saber

Realço o primeiro deles: Promover acções de sensibilização para a adopção de Comportamentos Seguros. Muitas vezes, isto é esquecido.

Uma das últimas notícias sobre este projecto, saíu no Leiria Económica.

Declaração de Princípios...

Porquê tão longa a ausência? Por tudo e por nada... Por falta de tempo e outras prioridades... Por querer tanto e não dar para tudo...

Hoje, os objectivos serão mais comedidos e, neste momento, apenas um: escrever com maior frequência que a anterior. O que, aliás, não será difícil.

Como viram, foi curta, a declaração de princípios... Uma, mais elaborada, ficará para mais tarde.