(...) Nós trabalhamos em contato muito próximo com substâncias químicas perigosas, usando cola para afixar o couro sobre os volantes e solventes para limpá- los. Algumas das substâncias que nós usamos são Varsol, Butanol, Tri-cloroetileno, Baltol, Locktite, Cicomento, Cola Branca e Cola Amarela #260 e #230. Estes eram os nomes que nós víamos todos os dias, mas nós não tínhamos idéia do tipo de substâncias químicas que eram e o que elas continham; a companhia nunca nos deu informação ou treinamento sobre isto. Algumas vezes eles nos deram luvas de látex, mas não era sempre. Nós usamos máscaras, mas isso apenas nos protege do pó e não dos vapores, e eles não querem as dar para nós todo o tempo. Os produtos tóxicos que nós usamos são armazenados em containers abertos e têm odores muito fortes (...)
(...) 62% das empregadas das maquiladoras desenvolveram alergias e doenças após terem tido contacto com produtos químicos sem a devida proteção e que 76% das funcionárias sofrem de dores pulmonares. (...)
(...) O contrato das mulheres tem geralmente 28 dias ( que é a duração média do ciclo menstrual) para facilitar que uma trabalhadora seja demitida caso sua gravidez seja constatada. Há porém aquelas que engravidam quando já estão no emprego. Geralmente, estas escondem sua gravidez (...)
É assim a vida nas Maquiladoras mexicanas. Será que isto é o futuro da globalização? Não, não acredito que seja. Cabe-nos a nós trabalhar para evitar que assim seja.
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