Esta altura do ano é propícia a balanços. Também será feito aqui, no Morrer a Trabalhar, o balanço de 2005. Mas será mais tarde. E também mais tarde se definirão objectivos para 2006.
Agora, desejo a todos um Feliz 2006, cheio de sucessos pessoais e profissionais. E com Saúde, no e fora do trabalho. Be safe!
sábado, dezembro 31, 2005
Atraso
Tentarei ir recuperando estes 6 meses de atraso. Devagar. A um ritmo contido. Para evitar cansaços e desistências.
Um blog é mais parecido com uma maratona que com uma corrida de 100 m. E eu sou mais sprinter que corredor de fundo...
Um blog é mais parecido com uma maratona que com uma corrida de 100 m. E eu sou mais sprinter que corredor de fundo...
Surpresa!
Nos últimos 6 meses não negligenciei só o Morrer a Trabalhar. Tinha cerca de 2500 mensagens de correio electrónico para ler! E, entre elas, duas bem importantes: dois grandes elogios ao Morrer a trabalhar. Sempre há quem nos leia e goste! Serão publicadas assim que obtiver autorização dos autores. Desde já, o muito obrigado.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
A pensar...
"
Mum, I did everything you said,
I had a Sprite and kept my head.
It was smoky and smelly, so I went outside,
Looked for a bit at the countryside.
Crossed the road, out into the night,
When suddenly, headlights were blazing bright.
I heard a thud and then a crack
I felt my head thrusting back.
I thought I heard sirens and voices as well,
I thought I was maybe in Heaven or Hell.
Mum, I can’t feel the cold, I can’t feel the rain,
I’m souring above life on a current of pain.
Mum, I’m frightened now, I think I’ll die,
I want to scream it out: Why, Why, Why?
You don’t have to sneak or creep or lie,
You don’t have to deserve it: anyone can die.
I wasn’t drunk, the driver was,
Mum, I want to tell you I love you because,
My agony is melting away,
I don’t think I’ll see the light of day.
I’m sad because I had my ‘off’ days,
Don’t cry, I liked my funeral Mum,
It was nice to see everyone.
But I’ve been extinguished like a useless flame,
And you will never see me again.
Mum, today I might still be alive,
If someone didn’t drink and drive."
Megan Moore (aged 11) Cowes, Isle of Wight
Reentrar na blogosfera
Estou, calmamente, a reentrar na blogosfera. Depois de 6 meses de ausência, muitas coisas mudaram. Outras não...
Passei uma vista de olhos pela minha "Segurançosfera":
Passei uma vista de olhos pela minha "Segurançosfera":
- O Jornal de Saúde Ambiental continuou a ser olimpicamente actualizado com bastante frequência.
- O HSTAPT parou em Setembro, como o Morrer a Trabalhar.
- O Confined Space continua a ser o melhor blog sobre Segurança e Saúde no Trabalho que até hoje encontrei.
- O Safety Blog continua a funcionar, mas num link diferente do que tenho aqui ao lado. Irei actualizá-lo mais tarde.
- O Abrupto, apesar de não pertencer à "Segurançosfera", continua tão bom como sempre.
Proximamente, será aumentada a "Segurançosfera" com novos blogs dignos de visita. Aguardem.
National Safety Council
Reparei agora que ainda não tinha aconselhado uma visita ao National Safety Council. E reparei nisso após colocar a imagem do último post, que retirei de lá. Esta instituição americana apresenta-se assim:
Vale sinceramente uma visita. Passem por lá."The National Safety Council is a nonprofit, nongovernmental, international public service organization dedicated to protecting life and promoting health. The NSC is a membership organization, founded in 1913 and chartered by the U.S. Congress in 1953. Members include more than 46,000 businesses, labor organizations, schools, public agencies, private groups and individuals. "
Página About Us, do site do National Safety Council
Boas Festas e Feliz Ano Novo
Apesar de atrasadas, aqui vão os meus votos de boas festas e feliz ano novo.
Lembremo-nos que o Natal pode ser todos os dias e, por isso, que todos os dias é o nosso trabalho dar esta prenda.
segunda-feira, dezembro 26, 2005
Renascimento
Precisamente 6 meses e 8 dias após o último post, o Morrer a Trabalhar renasce das cinzas. Qual a razão para tão longo intervalo? Até a mim próprio tenho dificuldade em explicar: falta de tempo, assuntos mais urgentes a tratar, outras prioridades... Soa-me tudo mais a desculpas esfarrapadas.
Bem, o importante é que estou de regresso. E serei menos ambicioso, desta vez. Para já, não me irei comprometer com nenhuma periodicidade de aqui escrever.
O Natal e o fim de ano têm destas coidas: ajuda-nos a fazer balanços e a retomar o que foi, de algum modo, positivo.
Bem, o importante é que estou de regresso. E serei menos ambicioso, desta vez. Para já, não me irei comprometer com nenhuma periodicidade de aqui escrever.
O Natal e o fim de ano têm destas coidas: ajuda-nos a fazer balanços e a retomar o que foi, de algum modo, positivo.
sábado, junho 18, 2005
Listas de discussão
Se querem trocar informação sobre Segurança e Saúde no Trabalho com colegas através da internet, as listas de discussão são um recurso imprescindível. Já apresentei, em posts anteriores, duas listas portuguesas e uma americana. Neste link têm um grande número de listas de discussão em todo o mundo. Basta aderirem para estarem cada vez mais actualizados.
terça-feira, junho 14, 2005
Hazards Magazine
Um dos objectivos deste blog é constituir-se como fonte de informação para todos os interessados na área da Segurança e Saúde no Trabalho. Por isso, iremos publicando links de recursos disponíveis online.
Hoje, mostramos a Hazards Magazine, uma revista de Segurança e Saúde especificamente destinada a sindicatos e representantes dos trabalhadores em matéria de Segurança, Higiene e Saúde no trabalho. A sua apresentação refere:
Com este post, atingimos, pela primeira vez, um dos público alvo a que nos proposemos anteriormente: os parceiros sociais, neste caso, os sindicatos.
Hoje, mostramos a Hazards Magazine, uma revista de Segurança e Saúde especificamente destinada a sindicatos e representantes dos trabalhadores em matéria de Segurança, Higiene e Saúde no trabalho. A sua apresentação refere:
Hazards is the only independent, union-friendly magazine to win major international awards. Workplace unions are your best hope for better, safer work - and Hazards provides the information and resources to make the union job easier. Hazards looks behind the company safety hype, and gives union answers to workplace problems. Using a global network of union safety correspondents, Hazards makes sure you have the best information available anywhere.
Com este post, atingimos, pela primeira vez, um dos público alvo a que nos proposemos anteriormente: os parceiros sociais, neste caso, os sindicatos.
Quero ser assim quando for grande...
Sempre que passo pelo Confined Space sinto uma grande inveja. Já sei que a inveja é um sentimento tipicamente português e não é muito salutar.
Mas aquilo que sinto não é bem inveja, é antes uma vontade de conseguir que este blog se torne em algo semelhante. O Morrer a Trabalhar quer ser assim quando for grande. A profusão de artigos é enorme, os artigos são de grande qualidade, a informação é detalhada.
Apesar do seu ponto de vista ser talvez um pouco parcelar, com uma visão demasiado datada no tempo, fazendo muito alusão à luta de classes, é necessária. E coloca o foco onde deve estar: nos trabalhadores. Quem realmente sofre com estes problemas são os trabalhadores. Sendo que hoje os trabalhadores já não são os tradicionais colarinhos azuis, mas também os colarinhos brancos.
Vale sinceramente uma visita periódica e atenta.
Mas aquilo que sinto não é bem inveja, é antes uma vontade de conseguir que este blog se torne em algo semelhante. O Morrer a Trabalhar quer ser assim quando for grande. A profusão de artigos é enorme, os artigos são de grande qualidade, a informação é detalhada.
Apesar do seu ponto de vista ser talvez um pouco parcelar, com uma visão demasiado datada no tempo, fazendo muito alusão à luta de classes, é necessária. E coloca o foco onde deve estar: nos trabalhadores. Quem realmente sofre com estes problemas são os trabalhadores. Sendo que hoje os trabalhadores já não são os tradicionais colarinhos azuis, mas também os colarinhos brancos.
Vale sinceramente uma visita periódica e atenta.
Afinal, estarei presente...
Pois é, não se livram de mim com essa facilidade toda. Sempre terei acesso à net esta semana. Publicarei, sempre que possa, alguns posts da longínqua Irlanda do Norte. E já cheio de saudades dos dias de sol que deixei para trás...
segunda-feira, junho 13, 2005
Semana ausente
Esta semana não conseguirei publicar qualquer post provavelmente até 6ª feira. Estarei ausente, no estrangeiro, por motivos profissionais. Tentarei encontrar algum sítio com internet, mas não prometo.
Boa semana para todos. Em segurança.
Boa semana para todos. Em segurança.
quarta-feira, junho 08, 2005
Fim de semana prolongado...
Começa amanhã!!! Bem mereço.
Provavelmente, não conseguirei realizar nenhum post durante esse tempo. Por esse facto, desculpem-me. Releiam os posts mais antigos ou os arquivos que ainda não leram. E digam-me o que acham. Basta clicar aqui.
Provavelmente, não conseguirei realizar nenhum post durante esse tempo. Por esse facto, desculpem-me. Releiam os posts mais antigos ou os arquivos que ainda não leram. E digam-me o que acham. Basta clicar aqui.
sábado, junho 04, 2005
saudeambiental ou Jornal de Saúde Ambiental
Não foi apenas o Morrer a Trabalhar que mudou de nome. O saudeambiental passou a chamar-se Jornal de Saúde Ambiental. A alteração deveu-se a pretenderem cumprir cada vez melhor os seus objectivos. O blog passou, por opção editorial, a assumir-se como um jornal.
Este é um dos blogs que passo assiduamente. E que gosto de ler. Os posts são bem escritos e interessantes. Apesar de algumas das suas posições me parecerem um pouco corporativistas, são posições necessárias numa profissão que, como a Saúde Ambiental, se encontra em fase de afirmação.
E é um dos dois blogs (o outro é o HSTAPT) que nos tem na sua barra de links. Por falar nisso, apenas nós chamamo-nos Morrer a Trabalhar e não morreratrabalhar.
Este é um dos blogs que passo assiduamente. E que gosto de ler. Os posts são bem escritos e interessantes. Apesar de algumas das suas posições me parecerem um pouco corporativistas, são posições necessárias numa profissão que, como a Saúde Ambiental, se encontra em fase de afirmação.
E é um dos dois blogs (o outro é o HSTAPT) que nos tem na sua barra de links. Por falar nisso, apenas nós chamamo-nos Morrer a Trabalhar e não morreratrabalhar.
Aperfeiçoamento X
Hoje, o Morrer a Trabalhar sofreu duas melhorias: a alteração do nome e a colocação de um novo contador.
Alterou-se o nome do blog para Morrer a Trabalhar - O Blog de Segurança e Saúde no Trabalho. Esta alteração tem dois objectivos.
O primeiro e mais importante, é tornar imediatamente perceptível aos seus visitantes a razão da existência do blog.
O segundo, é tornar o blog mais amigo dos motores de busca. Um dos factores que os motores de busca mais valorizam para a hierarquização das páginas nas buscas, é precisamente o seu título e a relação do título com o assunto a que se refere. Com esta alteração do nome, pretendo fazer com que o Morrer a Trabalhar fique melhor posicionado nos vários motores de busca. Porquê? Porque quero chegar cada vez melhor aos vários públicos alvo que tenho. E que melhor maneira que tornar o Morrer a Trabalhar o mais visível possível nos motores de busca?
Alterou-se o nome do blog para Morrer a Trabalhar - O Blog de Segurança e Saúde no Trabalho. Esta alteração tem dois objectivos.
O primeiro e mais importante, é tornar imediatamente perceptível aos seus visitantes a razão da existência do blog.
O segundo, é tornar o blog mais amigo dos motores de busca. Um dos factores que os motores de busca mais valorizam para a hierarquização das páginas nas buscas, é precisamente o seu título e a relação do título com o assunto a que se refere. Com esta alteração do nome, pretendo fazer com que o Morrer a Trabalhar fique melhor posicionado nos vários motores de busca. Porquê? Porque quero chegar cada vez melhor aos vários públicos alvo que tenho. E que melhor maneira que tornar o Morrer a Trabalhar o mais visível possível nos motores de busca?
1000 visitantes!!!
Mais uma pequena vitória a comemorar: atingimos os 1000 visitantes! Mais precisamente 1013 visitantes. Ao final de pouco mais de três meses e meio, atingir os 1000 visitantes é uma meta que me deixa satisfeito.
Mais uma vez, obrigado a todos os que por cá têm passado. Apesar do feedback não ser grande (ainda não recebo as mensagens que gostaria de receber), o número de visitas mostra que estamos no bom caminho.
Mais uma vez, obrigado a todos os que por cá têm passado. Apesar do feedback não ser grande (ainda não recebo as mensagens que gostaria de receber), o número de visitas mostra que estamos no bom caminho.
quarta-feira, junho 01, 2005
119 posts!!!
Ontem já tarde, fiz uma pequena contabilização dos posts já feitos no Morrer a Trabalhar. Para os menos habituados a estes temas, post é um texto, como este, escrito e colocado num blog. Tem um título, um corpo de texto, e a indicação a que hora foi feito.
Assim, foram realizados: 2 posts em Fevereiro; 34 em Março; 33 em Abril; 49(!!!) em Maio; e este em Junho. Dá um total de 119 posts!!!
Se considerarmos que o Morrer a Trabalhar tem aproximadamente 3.5 meses de vida, teremos uma média de 34 posts por mês, ou um pouco mais de 1 post por dia. Se descontarmos o facto que, no primeiro mês, esteve praticamente sem actividade, teremos uma média de 48 posts por mês, ou um pouco mais de 1.5 post por dia.
Apesar de, nas últimas semanas, não ter conseguido actualizar o blog com a frequência que queria, não posso dizer que , em termos médios, a performance é má. Atrevo-me mesmo a dizer que estou muito satisfeito, em termos de frequência de actualização.
Assim, foram realizados: 2 posts em Fevereiro; 34 em Março; 33 em Abril; 49(!!!) em Maio; e este em Junho. Dá um total de 119 posts!!!
Se considerarmos que o Morrer a Trabalhar tem aproximadamente 3.5 meses de vida, teremos uma média de 34 posts por mês, ou um pouco mais de 1 post por dia. Se descontarmos o facto que, no primeiro mês, esteve praticamente sem actividade, teremos uma média de 48 posts por mês, ou um pouco mais de 1.5 post por dia.
Apesar de, nas últimas semanas, não ter conseguido actualizar o blog com a frequência que queria, não posso dizer que , em termos médios, a performance é má. Atrevo-me mesmo a dizer que estou muito satisfeito, em termos de frequência de actualização.
terça-feira, maio 31, 2005
Incêndio em Autocarro - Comentários finais
Os posts anteriores mostram, como perceberam, um incêndio ocorrido num autocarro. Recebi as imagens num mail e, pela sua eloquência, resolvi publicá-las.
Não sei nada mais do incêndio. Apenas vi, como vós, as suas imagens. Não sei que autoestrada era, em que país, de onde vinham e para onde iam. Nada mais do que as próprias imagens. Os comentários que fui acrescentando são da minha autoria, sem qualquer outro input do que as próprias imagens. Se elas vos sugerem mais alguma coisa, digam.
Em qualquer acidente, é importante investigar as suas causa, o que correu mal, como poderemos evitar que se repita. Irei tentar fazer isto neste incêndio, guiado pelas imagens que viram.
Primeiro, qual a causa ou causas do acidente? Aparentemente, o incêndio inicia-se num compartimento da retaguarda do autocarro. Não tenho a certeza, mas parece-me que o motor ficará naquela zona. O mais provável é que se tenha iniciado no motor do veículo.
Qual a razão para esse início? A primeira hipótese, e aquela que me permitem os meus parcos conhecimentos de mecânica, é estar relacionado com falta de manutenção preventiva (falta de óleo ou água). No entanto, poderá ser qualquer outro problema mecânico.
Como correu a primeira intervenção? Existiam, pelo menos, 3 extintores que me pareciam de pó químico de 6 kg. Não sei exactamente a que quantidade obriga a lei, mas parece-me que seriam suficientes, apesar de neste caso, como se verificou, não extinguiram o incêndio.
E a formação dos seus utilizadores? As fotos não mostram bem, mas, aparentemente, estavam a ser bem utilizados.
Reafirma-se a importância da existência de extintores, verificados anualmente e em bom estado de conservação, bem como a necessidade do condutor e os seus acompanhantes terem formação na sua utilização.
A questão que se coloca a seguir é a evacuação e o controlo dos passageiros. Como se processou? Existiria alguém para efectuar esse acompanhamento? É importante realçar que este incêndio se passou na berma de uma autoestrada. Teria sido muito importante alguém a acalmar as pessoas e a conduzi-las para longe da autoestrada.
Neste ponto, coloca-se um problema. Num autocarro, normalmente, apenas circula um trabalhador da empresa proprietária, o próprio condutor. Neste caso, como pode, apenas uma pessoa, encarregar-se do combate ao incêndio e da evacuação segura das pessoas?
Não foi possível extinguir o incêndio com os extintores existentes. O que fazer? Não se poderia ter feito nada. Apenas aguardar pelos socorros externos e, a partir deste momento, o condutor poderia ocupar-se de garantir que os ocupantes não se aproximassem da autoestrada.
Os bombeiros chegaram já o incêndio estava completamente descontrolado, tendo consumido quase todo o autocarro. Agiram mal? Não poderemos afirmar. Provavelmente não. Os socorros externos demorarão sempre algum tempo a chegar. A 1ª intervenção terá sempre que ser feita com meios internos.
A polícia agiu mal, essa sim. Como se compreende que tenha chegado após os bombeiros?
O último ponto que não correu bem foi o facto do veículo ter ficado a obstruir uma faixa de rodagem, da autoestrada. Provavelmente com o pânico, o condutor não encostou o carro totalmente à berma. Poderia ter sido bastante grave, podendo ter conduzido a mortes por atropelamento.
Que medidas propor, então, para evitar novo incêndio?
Não sei nada mais do incêndio. Apenas vi, como vós, as suas imagens. Não sei que autoestrada era, em que país, de onde vinham e para onde iam. Nada mais do que as próprias imagens. Os comentários que fui acrescentando são da minha autoria, sem qualquer outro input do que as próprias imagens. Se elas vos sugerem mais alguma coisa, digam.
Em qualquer acidente, é importante investigar as suas causa, o que correu mal, como poderemos evitar que se repita. Irei tentar fazer isto neste incêndio, guiado pelas imagens que viram.
Primeiro, qual a causa ou causas do acidente? Aparentemente, o incêndio inicia-se num compartimento da retaguarda do autocarro. Não tenho a certeza, mas parece-me que o motor ficará naquela zona. O mais provável é que se tenha iniciado no motor do veículo.
Qual a razão para esse início? A primeira hipótese, e aquela que me permitem os meus parcos conhecimentos de mecânica, é estar relacionado com falta de manutenção preventiva (falta de óleo ou água). No entanto, poderá ser qualquer outro problema mecânico.
Como correu a primeira intervenção? Existiam, pelo menos, 3 extintores que me pareciam de pó químico de 6 kg. Não sei exactamente a que quantidade obriga a lei, mas parece-me que seriam suficientes, apesar de neste caso, como se verificou, não extinguiram o incêndio.
E a formação dos seus utilizadores? As fotos não mostram bem, mas, aparentemente, estavam a ser bem utilizados.
Reafirma-se a importância da existência de extintores, verificados anualmente e em bom estado de conservação, bem como a necessidade do condutor e os seus acompanhantes terem formação na sua utilização.
A questão que se coloca a seguir é a evacuação e o controlo dos passageiros. Como se processou? Existiria alguém para efectuar esse acompanhamento? É importante realçar que este incêndio se passou na berma de uma autoestrada. Teria sido muito importante alguém a acalmar as pessoas e a conduzi-las para longe da autoestrada.
Neste ponto, coloca-se um problema. Num autocarro, normalmente, apenas circula um trabalhador da empresa proprietária, o próprio condutor. Neste caso, como pode, apenas uma pessoa, encarregar-se do combate ao incêndio e da evacuação segura das pessoas?
Não foi possível extinguir o incêndio com os extintores existentes. O que fazer? Não se poderia ter feito nada. Apenas aguardar pelos socorros externos e, a partir deste momento, o condutor poderia ocupar-se de garantir que os ocupantes não se aproximassem da autoestrada.
Os bombeiros chegaram já o incêndio estava completamente descontrolado, tendo consumido quase todo o autocarro. Agiram mal? Não poderemos afirmar. Provavelmente não. Os socorros externos demorarão sempre algum tempo a chegar. A 1ª intervenção terá sempre que ser feita com meios internos.
A polícia agiu mal, essa sim. Como se compreende que tenha chegado após os bombeiros?
O último ponto que não correu bem foi o facto do veículo ter ficado a obstruir uma faixa de rodagem, da autoestrada. Provavelmente com o pânico, o condutor não encostou o carro totalmente à berma. Poderia ter sido bastante grave, podendo ter conduzido a mortes por atropelamento.
Que medidas propor, então, para evitar novo incêndio?
- Apurar exactamente as causas do início do incêndio
- Planear acções para as resolver ou minimizar
- Definir, claramente, procedimentos de emergência, ou rever os existentes, caso estes existam, usando as lições aprendidas com este incêndio
- Formar todos os condutores na resposta à emergência: como agir em caso de uma emergência (onde estacionar, o que fazer), actuação com extintores e, por fim, como conduzir pessoas, evitando o pânico e que estas tenham acidentes rodoviários.
Mais uma vez, repito que publiquei estas imagens, que recebi por mail, porque as achei muito interessantes e eloquentes. Todos os restantes comentários escritos foram da minha autoria e baseados apenas nessas imagens.
Um incêndio pode ser um evento bem destruidor!!!!
Incêndio em Autocarro XI
Chegaram os bombeiros. Nesta fase, já pouco irão salvar do autocarro.
Esta fotografia mostra perfeitamente que o autocarro esteve a arder ocupando uma das faixas da autoestrada.
A polícia ainda não chegou, para parar a circulação na autoestrada!
Incêndio em Autocarro X
O incêndio continua, consumindo todo o material combustível do autocarro. Neste momento, todo o autocarro está em chamas.
Incêndio em Autocarro IX
Apesar das grandes proporções do incêndio, o trânsito continua na autoestrada!!! Até esta fase, ainda não chegaram quaiquer socorros externos.
Incêndio em Autocarro VIII
A coluna de fumo que se liberta do incêndio é enorme! É um incêndio de grandes proporções!!
Incêndio em Autocarro VII
O incêndio continua, produzindo agora uma chama apreciável e grandes quantidades de fumo.
Incêndio em Autocarro V
Apesar dos esforços da 1ª intervenção, o incêndio não foi extinto. Neste momento, já não existe, no local, capacidade para extinguir o incêndio: todos os extintores estão gastos.
As pessoas tentam salvar os seus haveres, enquanto é possível.
Incêndio em Autocarro IV
Continua o combate ao incêndio com extintores portáteis. São usados 3, aqueles que estão disponíveis no autocarro. Duas pessoas combatem o incêndio: o motorista e, talvez, o seu ajudante.
Incêndio em Autocarro II
Combate ao incêndio com os meios disponíveis: um extintor portátil de pó químico ABC ou BC. É o condutor que, possivelmente, combate o incêndio.
Incêndio em Autocarro
Um incêndio inicia-se num autocarro, durante uma viagem por autoestrada. O autocarro encosta na berma.
Dá-se a detecção do incêndio na parte de trás do autocarro, possivelmente na zona do motor.
Dá-se a detecção do incêndio na parte de trás do autocarro, possivelmente na zona do motor.
segunda-feira, maio 30, 2005
Cursos Homologados
Apesar deste post ser destinado a pessoas menos familiarizadas com a Segurança e Higiene do Trabalho, também poderá interessar aos profissionais da área.
O ISHST publicou a lista dos cursos homologados que dão acesso à certificação como Técnico ou Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho.
Quem pretende ser Técnico de Higiene e Segurança tem duas opções:
O ISHST publicou a lista dos cursos homologados que dão acesso à certificação como Técnico ou Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho.
Quem pretende ser Técnico de Higiene e Segurança tem duas opções:
- Se for licenciado, necessita de fazer um curso de especialização com duração de 1 ano (mínimo de 560 h), numa das organizações com cursos homologados e terá acesso ao Certificado de Aptidão Profissional (CAP) de Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho. A lista dos cursos homologados está aqui
- Se não for licenciado, terá que efectuar um curso técnico-profissional com a duração de 3 anos, que dá equivalência ao 12º ano, e, no final, poderá obter o CAP de Técnico de Higiene e Segurança do Trabalho. A lista dos cursos homologados está aqui
Ambas as listas foram actualizadas a 5 de Maio deste ano e é referido que serão actualizadas mensalmente!!! A mim, custa-me a crer que esta periodicidade seja cumprida, a julgar pelo histórico da página do IDICT. Mas, pode ser que sim...
Livros do ISHST
O ISHST, ainda quando IDICT, efectuou a edição de um conjunto de livros, distribuídos por 6 colecções. Divulgaremos os títulos dos livros de cada uma das colecções. Começamos pela Série Informação Técnica:
Destes livros, apenas tenho o Livro Verde (a itálico). Mas irei, com certeza, adquirir mais alguns. Poderão ser bastante úteis a quem tenha que realizar algum trabalho numa destas indústrias.
As restantes colecções serão divulgadas em próximos posts.
Nº1 - Segurança na construção: glossário
Nº2 - Concepção dos locais de trabalho: guia de apoio
Nº3 - Serviços de prevenção das empresas: livro verde
Nº4 - Trabalho florestal: manual de prevenção
Nº5 - Trabalho agrícola: tractores e máquinas agrícolas
Nº6 - Reparação automóvel: manual de prevenção
Nº7 - Construção: qualidade e segurança no trabalho
Nº8 - Sector das pedras naturais: manual de prevenção
Nº9 - Sector do material eléctrico e electrónico: manual de prevenção
Nº10 - Riscos dos agentes biológicos: manual de prevenção
Nº11 - Sector dos matadouros industriais de reses: manual de prevenção
Nº12 - Riscos dos processos de electrodeposição: manual de prevenção
Nº13 - Indústria da cortiça: manual de prevenção
Nº14 - Sector do calçado: manual de prevenção
Nº15 - Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho: directrizes práticas da OIT
Nº16 - Indústria Cerâmica: noções gerais: manual de prevenção
Nº17 - Indústria Cerâmica: subsector de cerâmica estrutural: manual de prevenção
Nº18 - Indústria Cerâmica: subsector de louça utilitária e decorativa: manual de prevenção
Destes livros, apenas tenho o Livro Verde (a itálico). Mas irei, com certeza, adquirir mais alguns. Poderão ser bastante úteis a quem tenha que realizar algum trabalho numa destas indústrias.
As restantes colecções serão divulgadas em próximos posts.
sábado, maio 28, 2005
Segurança Hospitalar
Durante aproximadamente um ano, colaborei com um grande hospital de Lisboa, no seu Serviço de Saúde Ocupacional. Ficou-me o bichinho!! Esta informação poderá interessar aos que trabalham na área hospitalar.
Aqui vai algo interessante sobre o óxido de etileno. Este gás é muito usado para a esterilazação de material contaminado. É um gás extremamente inflamável e tóxico.
A O.S.H.A. (Occupational Safety and Health Administration, equivalente americana à nossa Inspecção Geral de Trabalho) tem uma norma que valerá a pena ler, para todos os que tenham que lidar com esta substância.
Sucintamente, define como valor limite de exposição (P.E.L. - Permissible Exposure Limit, a nomenclatura usada pela O.S.H.A.) do óxido de etileno 1 ppm (média ponderada para 8 h de exposição). Define também um nível de acção: 0.5 ppm.
Acima do valor limite de exposição, tem que se monitorizar a cada 3 meses, informar os colaboradores expostos, com as medidas que se irão tomar para baixar a concentração para valores abaixo do valor limite de exposição.
Leiam a norma para obterem informações mais detalhadas. Se quiserem saber mais sobre o óxido de etileno, consultem esta página, onde encontrarão mais documentos.
Aqui vai algo interessante sobre o óxido de etileno. Este gás é muito usado para a esterilazação de material contaminado. É um gás extremamente inflamável e tóxico.
A O.S.H.A. (Occupational Safety and Health Administration, equivalente americana à nossa Inspecção Geral de Trabalho) tem uma norma que valerá a pena ler, para todos os que tenham que lidar com esta substância.
Sucintamente, define como valor limite de exposição (P.E.L. - Permissible Exposure Limit, a nomenclatura usada pela O.S.H.A.) do óxido de etileno 1 ppm (média ponderada para 8 h de exposição). Define também um nível de acção: 0.5 ppm.
Acima do valor limite de exposição, tem que se monitorizar a cada 3 meses, informar os colaboradores expostos, com as medidas que se irão tomar para baixar a concentração para valores abaixo do valor limite de exposição.
Leiam a norma para obterem informações mais detalhadas. Se quiserem saber mais sobre o óxido de etileno, consultem esta página, onde encontrarão mais documentos.
Feira do Livro
Já começou, na passada 4ª feira. Passei por lá e parece-me bastante boa.
O ISHST tem um pavilhão. Fica mesmo no topo da feira, do lado direito de quem desce o parque Eduardo VII. Recebi um email do gabinete de comunicação:
O ISHST tem um pavilhão. Fica mesmo no topo da feira, do lado direito de quem desce o parque Eduardo VII. Recebi um email do gabinete de comunicação:
Para além disso, serão lançados dois novos livros das colecções editadas pelo Instituto:"O Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
(ISHST) participa, pela primeira vez, nas Feiras do Livro de Lisboa e do Porto, a decorrer no Parque Eduardo VII e no Pavilhão Rosa Mota, respectivamente, a partir de amanhã, 25 de Maio.Em stands partilhados com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o ISHST vai apresentar a sua linha editorial, criada em 1996 e centrada nas temáticas da segurança, higiene e saúde no trabalho e da prevenção de riscos profissionais. (...)"
Gabinete de Comunicação do ISHST
Vão e comprem muitos livros, sejam ou não sobre Segurança. Eu já fui e comprei uns quantos...- No dia 6 de Junho, pelas 16h, é lançado, no auditório da feira, o livro "Hotelaria e Restauração: Manual de Prevenção".
- No dia 8 de Junho, pelas 18h30, é lançado, no Café Literário da feira, o livro "Exposição profissional a agentes químicos na indústria da fundição portuguesa"
Perder fulgor...
O Morrer a Trabalhar está a perder fulgor!! Nesta última semana, já se ressentiu com o menor número de visitantes. É normal e perfeitamente compreensível. Como já disse por várias vezes, não estou a conseguir actualizar o blog com a periodicidade que pretendia. Estou, decididamente, a tornar-me repetitivo, sempre a dizer o mesmo. É esta a última vez que falo nisto.
E não vale a pena fazer mais promessas. Nesta fase, apenas posso afirmar que a actualização do Morrer a Trabalhar será tão grande quanto possível. Tentarei actualizá-lo pelo menos ao fim de semana e a meio da semana.
E agradeço desde já a todos os que por cá têm passado. Tentarei corresponder à vossa confiança, recheando o Morrer a Trabalhar de novidades.
Um belíssimo fim de semana para todos.
E não vale a pena fazer mais promessas. Nesta fase, apenas posso afirmar que a actualização do Morrer a Trabalhar será tão grande quanto possível. Tentarei actualizá-lo pelo menos ao fim de semana e a meio da semana.
E agradeço desde já a todos os que por cá têm passado. Tentarei corresponder à vossa confiança, recheando o Morrer a Trabalhar de novidades.
Um belíssimo fim de semana para todos.
terça-feira, maio 24, 2005
Milton Friedman
Milton Friedman, o famoso economista laureado com o Nobel, disse, à bastantes anos:
"The (only) social responsability of business is to increase profit."
Acreditam nisto? A mim, custa-me a digerir...
domingo, maio 22, 2005
O poder da Blogosfera
É interessante estarmos atentos ao poder que a blogosfera pode ter. Aos menos atentos, chamo a atenção para o que se está a passar.
O Abrupto, blog do Pacheco Pereira, que já apresentei no Morrer a Trabalhar, lançou o debate sobre a Constituição Europeia. Começou com o post "Está na hora de organizar o Movimento do Não", publicado a 18/05. Em seguida, no mesmo dia, criou o blog Sítio do Não. Um grande número de blogs, também partidários do Não no referendo à Constituição Europeia, colocaram posts sobre o mesmo assunto.
E, a seguir, surgiu também O Sítio do Sim, blog partidário do Sim no referendo.
O Blasfémias postou o seguinte:
No dia 20 de Maio, é publicado um artigo no Público: "Vozes pelo não à Constituição europeia organizam-se em Portugal". O debate generalizou-se e transbordou a blogosfera!!! Prova que é possível fazer a diferença. É verdade que, para isso, contribuiu, com toda a certeza, a projecção mediática de Pacheco Pereira. Mas mostra, sobretudo, que não são só os media que fazem a agenda política. Todos nós, querendo, poderemos contribuir um pouco para ela. É essa lição que levo.
O Abrupto, blog do Pacheco Pereira, que já apresentei no Morrer a Trabalhar, lançou o debate sobre a Constituição Europeia. Começou com o post "Está na hora de organizar o Movimento do Não", publicado a 18/05. Em seguida, no mesmo dia, criou o blog Sítio do Não. Um grande número de blogs, também partidários do Não no referendo à Constituição Europeia, colocaram posts sobre o mesmo assunto.
E, a seguir, surgiu também O Sítio do Sim, blog partidário do Sim no referendo.
O Blasfémias postou o seguinte:
"O bem-vindo SÍTIO DO NÃO corre o risco de se transformar na pedra angular de um movimento político bastante interessante - o primeiro formado a partir da blogosfera. A possibilidade de cidadãos livres poderem associar-se completamente a salvo da lógica partidária e
corporativa e motivar uma discussão acerca daquilo que interessa nesta matéria é a novidade mais interessante na política portuguesa dos últimos anos. (...)O SÍTIO DO NÃO, para fazer a diferença, terá de manter o seu espírito origináriamente "blogueiro", i.e. acutilante, desinteressado, transparente e livre. (...)"
CAA, Blog Blasfémias
No dia 20 de Maio, é publicado um artigo no Público: "Vozes pelo não à Constituição europeia organizam-se em Portugal". O debate generalizou-se e transbordou a blogosfera!!! Prova que é possível fazer a diferença. É verdade que, para isso, contribuiu, com toda a certeza, a projecção mediática de Pacheco Pereira. Mas mostra, sobretudo, que não são só os media que fazem a agenda política. Todos nós, querendo, poderemos contribuir um pouco para ela. É essa lição que levo.
Uma semana é muito tempo!
Reparei agora que já não colocava um post à precisamente uma semana!!! É tempo demais... Mas não está fácil actualizar o Morrer a Trabalhar com mais frequência.
Esta semana foi dura: 2ª e 3ª feira estive em Santander, 6ª feira, no Porto. Avião, táxi, avião novamente...
Como se alterou a minha vida!! Mas estou a gostar. E muito. E a aprender. Muito também.
Esta semana foi dura: 2ª e 3ª feira estive em Santander, 6ª feira, no Porto. Avião, táxi, avião novamente...
Como se alterou a minha vida!! Mas estou a gostar. E muito. E a aprender. Muito também.
Acidente mortal III
Novo acidente mortal!! Publicado no Público, numa notícia de pé de página, pequena, pequena... Será que a vida daquele homem valia tão pouco? O que será feito por aquela empresa para evitar novo acidente? E pela Inspecção de Trabalho?
Mas, se o tinha, será que nele estava indicado o risco relativo ao trabalho junto a linhas de alta tensão? Mais uma vez, provavelmente não!
Mas, se tivesse referido o risco, será que o operário (de 18 anos!!!!) foi ensinado (formado) em como proceder para se proteger desse risco? De certeza que não.
«Viseu - Acidente mata operário
Um jovem de 18 anos morreu electrocutado num acidente de trabalho ocorrido ao início da tarde de ontem numa obra de construção civil de Armamar, distrito de Viseu. Um outro operário, com cerca de 40 anos, ficou gravemente ferido, tendo sido transportado para o hospital de Lamego.
"Um dos operários tocou com um ferro num dos cabos de alta tensão, sofreu uma descarga e acabou por falecer. O outro, que estava junto dele, caiu do andaime e ficou gravemente ferido, mas livre de perigo", contou uma testemunha»
Jornal Público, 20 de Maio de 2005
Será que a obra tinha Plano de Segurança e Saúde? Provavelmente, não!!
Mas, se o tinha, será que nele estava indicado o risco relativo ao trabalho junto a linhas de alta tensão? Mais uma vez, provavelmente não!
Mas, se tivesse referido o risco, será que o operário (de 18 anos!!!!) foi ensinado (formado) em como proceder para se proteger desse risco? De certeza que não.
De quem é a responsabilidade por mais esta morte? Será que a culpa irá morrer solteira, mais uma vez? Será que nunca mais metem um responsável na prisão?
3 meses!!!
O Morrer a Trabalhar já fez 3 meses de vida. Foi dia 18 de Fevereiro que surgiu o 1º post deste blog. Este é, com certeza, mais um pequeno marco a comemorar. Pena é que não o tenha conseguido comemorar no próprio dia. Está a ser difícil actualizar o blog com a periodiciadade que queria... Mas não irei desistir.
domingo, maio 15, 2005
Blogging away
Jordan Barab, autor do Confined Space, escreve um artigo muito interessante sobre blogs. Explica porque começou o seu blog sobre Segurança e Saúde no Trabalho, quais as suas motivações e quais os seus objectivos. Vale a pena ler. Para ler o artigo directamente, clique aqui. Para ir ao post do Confined Space onde fala sobre o artigo, aqui.
Pouco tempo II
Esta semana, infelizmente, não consegui ter tempo de actualizar o Morrer a Trabalhar. Aos que cá vieram e não viram nenhuma novidade, as minhas desculpas. Não foram problemas técnicos. Fui eu mesmo. Não consegui arranjar um pouco de tempo...
Aprender, aprender, aprender... Este terá que ser o modo como, hoje em dia, nos posicionamos na vida, quer pessoal, quer profissional. Eu, agora, estou num processo de aprendizagem acelerado. E estou a gostar muito!!
Aprender, aprender, aprender... Este terá que ser o modo como, hoje em dia, nos posicionamos na vida, quer pessoal, quer profissional. Eu, agora, estou num processo de aprendizagem acelerado. E estou a gostar muito!!
terça-feira, maio 10, 2005
Dia da Europa
Ontem, 9 de Maio, comemorou-se o dia da Europa. Não poderia deixar de fazer referência a este dia, pela sua importância. Como não o consegui fazer ontem, aqui vai um pouco atrasado.
Comemoraram-se duas coisas: o fim da II guerra mundial e a declaração Shumann.
Robert Shumann era ministro dos Negócios Estrangeiros de França quando, no Quai de l'Horloge, em 1950, proferiu uma célebre declaração que despoletou o início do caminho da integração europeia. Esse caminho permitiu que, desde o seu início, a Europa não tenha sido palco de mais nenhuma guerra mundial, bem como um caminho de posperidade e paz. Bem haja por isso!
Para além disso, permitiu também que nós, Portugueses, após a integração, tenhamos uma das mais avançadas legislações do mundo na área da Segurança e Saúde no Trabalho, por vida da transposição das directivas comunitárias. Bem haja também por isso!!
É pena que ele pareça tão afastado de nós, à semelhança de tudo o que se passa em Bruxelas. Deveríamos estar mais atentos ao que lá se passa...
Comemoraram-se duas coisas: o fim da II guerra mundial e a declaração Shumann.
Robert Shumann era ministro dos Negócios Estrangeiros de França quando, no Quai de l'Horloge, em 1950, proferiu uma célebre declaração que despoletou o início do caminho da integração europeia. Esse caminho permitiu que, desde o seu início, a Europa não tenha sido palco de mais nenhuma guerra mundial, bem como um caminho de posperidade e paz. Bem haja por isso!
Para além disso, permitiu também que nós, Portugueses, após a integração, tenhamos uma das mais avançadas legislações do mundo na área da Segurança e Saúde no Trabalho, por vida da transposição das directivas comunitárias. Bem haja também por isso!!
É pena que ele pareça tão afastado de nós, à semelhança de tudo o que se passa em Bruxelas. Deveríamos estar mais atentos ao que lá se passa...
domingo, maio 08, 2005
Introspecção
Hoje, o Morrer a Trabalhar esteve especialmente introspectivo. Estes momentos são essenciais para avaliar o caminho percorrido e lançar as bases para um futuro sustentado. Em tudo, tanto profissional como pessoalmente, deveremos proceder assim. Prometemos, agora, virarmo-nos para fora.
Passos seguintes II
Os balanços são sempre importantes. No entanto, só tiramos deles tudo, se nos servirem para preparar o futuro. É isso que faremos agora. Abordaremos os 4 novos objectivos do Morrer a Trabalhar:
- Chegar aos profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho
Um dos objectivos do Morrer a Trabalhar é chegar a todas as profissões que trabalham na Segurança e Saúde no Trabalho, para além dos Técnicos e Técnicos Superiores de Higiene e Segurança. A estes já consegui chegar.
Para isso, tentaremos encontrar os meios disponíveis na net para a divulgação do blog a esses profissionais. Ainda não os encontrei, mas existirão com certeza. Este será, neste momento, o principal objectivo.
- Construir uma Segurançosfera
Continuaremos a tentar descobrir blogs sobre Segurança e Saúde no Trabalho. Faremos a sua divulgação no Morrer a Trabalhar, tentando que nos incluam também nos seus blogs. Esperamos conseguir formar uma verdadeira Segurançosfera até ao final deste ano. Neste momento, apenas dois blogs nos conhecem. No futuro, serão muitos mais.
- Chegar a todos os interessados nestes temas
O Morrer a Trabalhar não é ainda suficientemente visível na net. Quem procura estes temas, nem sempre encontra o blog. Para resolver isso, iremos colocar o blog no Dmoz e, principalmente, no Google. Já o tentamos, mas ainda não conseguimos. E fazer com que fique melhor classificado nos restantes motores de busca. Ainda não sei exactamente como irei fazer isto, mas é uma área que terei que explorar.
- Ampliar a área de intervenção geográfica
O próximo passo será ampliar o campo de intervenção geográfico do Morrer a Trabalhar. O português é falado no mundo por muitos milhões de pessoas. Seria um desperdício restringirmo-nos apenas aos 10 milhões de portugueses.
Iremos, por isso, abrir o Morrer a Trabalhar a toda a lusofonia. Começaremos pelo Brasil, país irmão, por duas razões: primeiro, sei como divulgar o blog lá; segundo, poderemos nós, cá em Portugal, aprender muito com eles.
Para isso, faremos duas coisas:
- Iremos abrir o Morrer a Trabalhar a assuntos brasileiros, mas que possam também interessar deste lado do Atlântico;
- Divulgaremos o blog nas listas de discussão brasileiras a que tenha acesso.
Estas duas coisas serão feitas nas próximas duas semanas.
Estes 4 novos objectivos parecem-me ser suficientemente ambiciosos e também trabalhosos. Serão os vectores de desenvolvimento do Morrer a Trabalhar nos próximos meses.
- Chegar aos profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho
Um dos objectivos do Morrer a Trabalhar é chegar a todas as profissões que trabalham na Segurança e Saúde no Trabalho, para além dos Técnicos e Técnicos Superiores de Higiene e Segurança. A estes já consegui chegar.
Para isso, tentaremos encontrar os meios disponíveis na net para a divulgação do blog a esses profissionais. Ainda não os encontrei, mas existirão com certeza. Este será, neste momento, o principal objectivo.
- Construir uma Segurançosfera
Continuaremos a tentar descobrir blogs sobre Segurança e Saúde no Trabalho. Faremos a sua divulgação no Morrer a Trabalhar, tentando que nos incluam também nos seus blogs. Esperamos conseguir formar uma verdadeira Segurançosfera até ao final deste ano. Neste momento, apenas dois blogs nos conhecem. No futuro, serão muitos mais.
- Chegar a todos os interessados nestes temas
O Morrer a Trabalhar não é ainda suficientemente visível na net. Quem procura estes temas, nem sempre encontra o blog. Para resolver isso, iremos colocar o blog no Dmoz e, principalmente, no Google. Já o tentamos, mas ainda não conseguimos. E fazer com que fique melhor classificado nos restantes motores de busca. Ainda não sei exactamente como irei fazer isto, mas é uma área que terei que explorar.
- Ampliar a área de intervenção geográfica
O próximo passo será ampliar o campo de intervenção geográfico do Morrer a Trabalhar. O português é falado no mundo por muitos milhões de pessoas. Seria um desperdício restringirmo-nos apenas aos 10 milhões de portugueses.
Iremos, por isso, abrir o Morrer a Trabalhar a toda a lusofonia. Começaremos pelo Brasil, país irmão, por duas razões: primeiro, sei como divulgar o blog lá; segundo, poderemos nós, cá em Portugal, aprender muito com eles.
Para isso, faremos duas coisas:
- Iremos abrir o Morrer a Trabalhar a assuntos brasileiros, mas que possam também interessar deste lado do Atlântico;
- Divulgaremos o blog nas listas de discussão brasileiras a que tenha acesso.
Estas duas coisas serão feitas nas próximas duas semanas.
Estes 4 novos objectivos parecem-me ser suficientemente ambiciosos e também trabalhosos. Serão os vectores de desenvolvimento do Morrer a Trabalhar nos próximos meses.
Balanço III
Para terminar esta trilogia de balanços, falta o mais importante. Depois de efectuada a avaliação de alguns indicadores e uma avaliação das acções que tinham sido planeadas, falta avaliar se este blog é o que disse que queria ser e se está a chegar aos seus públicos alvo.
Primeiro, o Morrer a Trabalhar disse que pretendia ser um blog sobre Segurança e Saúde no Trabalho, do ponto de vista da Segurança e Higiene do Trabalho, mas não limitado a esta área. Vós, leitores, serão os melhores juízes deste facto. A minha avaliação é positiva. Sim, o Morrer a Trabalhar já tratou de muitos assuntos relacionados com a Segurança e Saúde no Trabalho, não se tendo limitado à Segurança e Higiene. Gostaria muito que me dessem a vossa opinião. Basta clicar aqui.
Foram definidos 4 publicos-alvo: profissionais de Segurança e Higiene do Trabalho, restantes profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, parceiros sociais e restantes pessoas interessadas nestes temas. Como estamos a chegar a cada um destes públicos-alvo? A minha percepção é a seguinte:
- Aos profissionais de Higiene e Segurança do Trabalho, técnicos e técnicos superiores, estamos a chegar. Digo isto, porque os meios que usei para divulgar o blog, as duas listas de discussão portuguesas, são maioritariamente constituídas por estes profissionais.
E, aparentemente, o Morrer a Trabalhar está a ser do seu agrado. Temos muitos visitantes que retornam, o que significa que gostam.
- Aos restantes profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, médicos do trabalho, enfermeiros do trabalho, ergonomistas, psicólogos do trabalho, ainda não conseguimos chegar. Bem sei que tenho alguns leitores destas profissões, no entanto, são casos esporádicos. Falta descobrir sites, listas de discussão ou outras ferramentas informáticas que me permitam chegar a estes profissionais.
- Aos parceiros sociais, empregadores, trabalhadores e Estado, sei que ainda não cheguei. Nesta fase, é ainda prematuro e mesmo pretensioso. Não será esquecido, mas ficará para mais tarde.
- A todos os restantes interessados por estas matérias, é difícil avaliar se estou a chegar. Os meios existentes para isso ainda não estão todos disponíveis. Falta estar classificado no Dmoz e, principalmente, no Google.
Para resumir e terminar todos estes balanços, estou muito satisfeito com a evolução do Morrer a Trabalhar. Está ainda numa fase de crescimento. É ainda um bébé recem-nascido, com menos de 3 meses. Apesar disso, terá que planear já o seu futuro. É isso que faremos no próximo mail.
Primeiro, o Morrer a Trabalhar disse que pretendia ser um blog sobre Segurança e Saúde no Trabalho, do ponto de vista da Segurança e Higiene do Trabalho, mas não limitado a esta área. Vós, leitores, serão os melhores juízes deste facto. A minha avaliação é positiva. Sim, o Morrer a Trabalhar já tratou de muitos assuntos relacionados com a Segurança e Saúde no Trabalho, não se tendo limitado à Segurança e Higiene. Gostaria muito que me dessem a vossa opinião. Basta clicar aqui.
Foram definidos 4 publicos-alvo: profissionais de Segurança e Higiene do Trabalho, restantes profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, parceiros sociais e restantes pessoas interessadas nestes temas. Como estamos a chegar a cada um destes públicos-alvo? A minha percepção é a seguinte:
- Aos profissionais de Higiene e Segurança do Trabalho, técnicos e técnicos superiores, estamos a chegar. Digo isto, porque os meios que usei para divulgar o blog, as duas listas de discussão portuguesas, são maioritariamente constituídas por estes profissionais.
E, aparentemente, o Morrer a Trabalhar está a ser do seu agrado. Temos muitos visitantes que retornam, o que significa que gostam.
- Aos restantes profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, médicos do trabalho, enfermeiros do trabalho, ergonomistas, psicólogos do trabalho, ainda não conseguimos chegar. Bem sei que tenho alguns leitores destas profissões, no entanto, são casos esporádicos. Falta descobrir sites, listas de discussão ou outras ferramentas informáticas que me permitam chegar a estes profissionais.
- Aos parceiros sociais, empregadores, trabalhadores e Estado, sei que ainda não cheguei. Nesta fase, é ainda prematuro e mesmo pretensioso. Não será esquecido, mas ficará para mais tarde.
- A todos os restantes interessados por estas matérias, é difícil avaliar se estou a chegar. Os meios existentes para isso ainda não estão todos disponíveis. Falta estar classificado no Dmoz e, principalmente, no Google.
Para resumir e terminar todos estes balanços, estou muito satisfeito com a evolução do Morrer a Trabalhar. Está ainda numa fase de crescimento. É ainda um bébé recem-nascido, com menos de 3 meses. Apesar disso, terá que planear já o seu futuro. É isso que faremos no próximo mail.
Balanço II
Faremos, agora, uma avaliação qualitativa do Morrer a Trabalhar. Para isso, convém comparar o que tínhamos planeado anteriormente com o que foi efectivamente feito.
No post Passos seguintes, o 9º post deste blog, definimos um conjunto de coisas a fazer. Todas estão feitas. Já tínhamos feito uma primeira avaliação no post Ponto da situação.
Nessa avaliação, faltava divulgar o Morrer a Trabalhar formalmente nas duas listas de discussão portuguesas que assino. Foi feito.
Faltava também a colocação do Morrer a Trabalhar no maior número de motores de busca possível. Também foi feito. Descrevi isso no post Divulgar um blog.
No post Ponto da situação , foram também definidos 3 objectivos: o primeiro era aumentar o número de page views do blog. Como vimos no post anterior, este foi plenamente conseguido.
O segundo era aumentar o número de visitantes que retornem ao blog. Este também conseguimos. Neste momento, temos mais visitantes que retornam do que os que vêm pela primeira vez.
Por fim, o terceiro objectivo era aumentar a interacção com os leitores, recebendo o maior número de mails possível. Este não o conseguimos. Apesar de já termos recebido bastantes emails, ainda podemos melhorar. Não sei bem como incentivar a participação, mas aqui temos espaço para a melhoria.
No post Passos seguintes, o 9º post deste blog, definimos um conjunto de coisas a fazer. Todas estão feitas. Já tínhamos feito uma primeira avaliação no post Ponto da situação.
Nessa avaliação, faltava divulgar o Morrer a Trabalhar formalmente nas duas listas de discussão portuguesas que assino. Foi feito.
Faltava também a colocação do Morrer a Trabalhar no maior número de motores de busca possível. Também foi feito. Descrevi isso no post Divulgar um blog.
No post Ponto da situação , foram também definidos 3 objectivos: o primeiro era aumentar o número de page views do blog. Como vimos no post anterior, este foi plenamente conseguido.
O segundo era aumentar o número de visitantes que retornem ao blog. Este também conseguimos. Neste momento, temos mais visitantes que retornam do que os que vêm pela primeira vez.
Por fim, o terceiro objectivo era aumentar a interacção com os leitores, recebendo o maior número de mails possível. Este não o conseguimos. Apesar de já termos recebido bastantes emails, ainda podemos melhorar. Não sei bem como incentivar a participação, mas aqui temos espaço para a melhoria.
Balanço
Já não é o primeiro balanço que fazemos do Morrer a Trabalhar. Como todos os projectos, estes terão que ser avaliados. Por isso, faremos este exercício periodicamente.
Começamos por avaliar alguns indicadores quantitativos: o tempo de existência, o número de posts, o número de visitantes e de page views.
(Antes, faremos um parêntesis e iremos distinguir os dois, de modo a clarificar conceitos. O número de page views refere-se ao número de vezes que a página é carregada, isto é, cada vez que se carrega no botão Refresh, conta uma page view. O número de visitantes refere-se ao número de vezes que a página é carregada por utilizadores diferentes. Por isso, o número de page views é normalmente maior que o número de visitantes.)
Começando pelo tempo de existência, o Morrer a Trabalhar tem 2 meses e pouco mais de meio, 11 semanas ou 80 dias. É uma existência curta, mas com o objectivo de uma longa vida. Talvez atinjamos os mesmos 2 anos que o Abrupto comemorou anteontem. Será esse o objectivo.
Já foram escritos, contando com este, 89 posts. Uma média muito razoável de aproximadamente 1 post por dia e 8 posts por semana. Se considerarmos que no primeiro mês apenas foram escritos meia dúzia de posts, podemos afirmar que a actualização do post é bastante boa. Definimos como objectivo a manutenção desta taxa de actualização: 1 post por dia.
O Morrer a Trabalhar já teve 660 visitantes. Calculando a média aproximadamente, chegamos a 8 visitantes por dia ou 60 visitantes por semana. Já tinha sido definido um objectivo de 20 visitantes por semana, num post anterior. Foi claramente ultrapassado. Tivemos 3 vezes mais visitantes!! Neste indicador, iremos definir um objectivo ambicioso: 100 visitantes por semana. Já tenho algumas ideias como atingi-los. Falarei mais tarde como.
Ainda em relação ao número de visitantes, nas últimas semanas, tivemos uma média de 4 novos visitantes por dia e de 5 visitantes por dia que retornaram ao blog. Estes dois números são muito significativos. Dizem-nos que já temos alguns leitores fiéis, que nos acompanham ao longo do tempo. Isto é muito positivo!!!
Quanto ao número de page views, tivemos até hoje 1079. Dá uma média de 13 page views por dia ou 98 page views por semana.
Por fim, é interessante referir que o dia em que o blog é mais visitado é a quarta-feira, com 35% dos visitantes totais. E que os dias em que é menos visitado é ao fim de semana, com apenas 10% dos visitantes totais.
Em relação a estes indicadores quantitativos, que iremos seguindo periodicamente, posso considerar que estou muito satisfeito. Acrescento que, quanto ao número de visitantes e page views, apenas foi colocado um contador de visitantes no início do 2º mês de existência e que o blog só foi difundido também por essa altura.
Mais alguns dados interessantes, agora só aplicáveis aos últimos 100 page views.
De que país virão os leitores do Morrer a Trabalhar? Como seria de esperar, mais de 65% são de Portugal. No entanto, um dado curioso é que cerca de 10% são dos Estados Unidos. Provavelmente, estes chegaram cá enganados, rumando logo a outras paragens, devido à barreira da língua.
Existe, quanto à proveniência, um mundo por explorar: toda a comunidade lusófona. O Morrer a Trabalhar terá como um dos seus objectivos futuros chegar a todos os países falantes de português, especialmente o Brasil.
De que sites chegam os leitores deste blog? Os principais são o HSTAPT e o saudeambiental. O primeiro, colocou-nos nos seus links. O segundo, transcreveu um post nosso. Obrigado a ambos.
Para além destes dois blogs, recebemos vários leitores de alguns motores de busca: o Cadê, o aeiou, o Altavista. Sempre que queiram aceder a esta informação, basta ir até ao fundo da página e poderão verificar por vós mesmos de onde vêm os nossos leitores.
Como este post já vai longuíssimo, no post seguinte, continuaremos o balanço, agora qualitativo.
Começamos por avaliar alguns indicadores quantitativos: o tempo de existência, o número de posts, o número de visitantes e de page views.
(Antes, faremos um parêntesis e iremos distinguir os dois, de modo a clarificar conceitos. O número de page views refere-se ao número de vezes que a página é carregada, isto é, cada vez que se carrega no botão Refresh, conta uma page view. O número de visitantes refere-se ao número de vezes que a página é carregada por utilizadores diferentes. Por isso, o número de page views é normalmente maior que o número de visitantes.)
Começando pelo tempo de existência, o Morrer a Trabalhar tem 2 meses e pouco mais de meio, 11 semanas ou 80 dias. É uma existência curta, mas com o objectivo de uma longa vida. Talvez atinjamos os mesmos 2 anos que o Abrupto comemorou anteontem. Será esse o objectivo.
Já foram escritos, contando com este, 89 posts. Uma média muito razoável de aproximadamente 1 post por dia e 8 posts por semana. Se considerarmos que no primeiro mês apenas foram escritos meia dúzia de posts, podemos afirmar que a actualização do post é bastante boa. Definimos como objectivo a manutenção desta taxa de actualização: 1 post por dia.
O Morrer a Trabalhar já teve 660 visitantes. Calculando a média aproximadamente, chegamos a 8 visitantes por dia ou 60 visitantes por semana. Já tinha sido definido um objectivo de 20 visitantes por semana, num post anterior. Foi claramente ultrapassado. Tivemos 3 vezes mais visitantes!! Neste indicador, iremos definir um objectivo ambicioso: 100 visitantes por semana. Já tenho algumas ideias como atingi-los. Falarei mais tarde como.
Ainda em relação ao número de visitantes, nas últimas semanas, tivemos uma média de 4 novos visitantes por dia e de 5 visitantes por dia que retornaram ao blog. Estes dois números são muito significativos. Dizem-nos que já temos alguns leitores fiéis, que nos acompanham ao longo do tempo. Isto é muito positivo!!!
Quanto ao número de page views, tivemos até hoje 1079. Dá uma média de 13 page views por dia ou 98 page views por semana.
Por fim, é interessante referir que o dia em que o blog é mais visitado é a quarta-feira, com 35% dos visitantes totais. E que os dias em que é menos visitado é ao fim de semana, com apenas 10% dos visitantes totais.
Em relação a estes indicadores quantitativos, que iremos seguindo periodicamente, posso considerar que estou muito satisfeito. Acrescento que, quanto ao número de visitantes e page views, apenas foi colocado um contador de visitantes no início do 2º mês de existência e que o blog só foi difundido também por essa altura.
Mais alguns dados interessantes, agora só aplicáveis aos últimos 100 page views.
De que país virão os leitores do Morrer a Trabalhar? Como seria de esperar, mais de 65% são de Portugal. No entanto, um dado curioso é que cerca de 10% são dos Estados Unidos. Provavelmente, estes chegaram cá enganados, rumando logo a outras paragens, devido à barreira da língua.
Existe, quanto à proveniência, um mundo por explorar: toda a comunidade lusófona. O Morrer a Trabalhar terá como um dos seus objectivos futuros chegar a todos os países falantes de português, especialmente o Brasil.
De que sites chegam os leitores deste blog? Os principais são o HSTAPT e o saudeambiental. O primeiro, colocou-nos nos seus links. O segundo, transcreveu um post nosso. Obrigado a ambos.
Para além destes dois blogs, recebemos vários leitores de alguns motores de busca: o Cadê, o aeiou, o Altavista. Sempre que queiram aceder a esta informação, basta ir até ao fundo da página e poderão verificar por vós mesmos de onde vêm os nossos leitores.
Como este post já vai longuíssimo, no post seguinte, continuaremos o balanço, agora qualitativo.
Dica de Segurança 2
Quando ficar num hotel, verifique sempre onde está a saída de emergência mais próxima. Faça o percurso até à saída, verificando se não existe nenhuma porta trancada e se vai dar a um local seguro. Lembre-se: muitas vezes, as saídas de emergência encontram-se bloqueadas ou fechadas. Recorde a tragédia que ocorreu há poucos dias em Paris, onde morreram várias pessoas!
Bom dia. Em Segurança...
Bom dia. Em Segurança...
quinta-feira, maio 05, 2005
Parabéns Abrupto!
O Abrupto faz amanhã dois anos. Parabéns Abrupto. É uma longuíssima vida para um blog!!! Comparativamente, o Morrer a Trabalhar é um bebé de berço.
Para comemorar, Pacheco Pereira está a fazer uma festa de arromba. Dois dias inteiros a blogar! Começou hoje às 0 h e termina dia 7 às 0 h. Leiam o segundo post desta festa. É interessante.
Para comemorar, Pacheco Pereira está a fazer uma festa de arromba. Dois dias inteiros a blogar! Começou hoje às 0 h e termina dia 7 às 0 h. Leiam o segundo post desta festa. É interessante.
Como chegar às outras profissões?
Um dos públicos alvo do Morrer a Trabalhar são os profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho. Tenho a percepção que é a estes que o blog está a chegar em primeiro lugar. Por isso, um dos objectivos está a ser atingido.
No entanto, tenho consciência que, dos profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, o Morrer a Trabalhar está a atingir principalmente quem trabalha em Higiene e Segurança. Apesar de serem muito importantes, quero chegar a todos os outros profissionais.
Por isso, peço-vos que me sugiram ideias para chegar às restantes profissões. Como posso chegar aos médicos de trabalho? E aos enfermeiros de trabalho? E aos ergonomistas? E às restantes profissões? Se tiverem conhecimento de alguma mailing list, blog ou site pessoal nesta área, digam-me. Temos todos a ganhar, se aumentarmos o número de profissões envolvidas.
No entanto, tenho consciência que, dos profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, o Morrer a Trabalhar está a atingir principalmente quem trabalha em Higiene e Segurança. Apesar de serem muito importantes, quero chegar a todos os outros profissionais.
Por isso, peço-vos que me sugiram ideias para chegar às restantes profissões. Como posso chegar aos médicos de trabalho? E aos enfermeiros de trabalho? E aos ergonomistas? E às restantes profissões? Se tiverem conhecimento de alguma mailing list, blog ou site pessoal nesta área, digam-me. Temos todos a ganhar, se aumentarmos o número de profissões envolvidas.
Primeira citação
Pela primeira vez, o Morrer a Trabalhar foi transcrito num blog. O saudeambiental teve a gentileza de nos citar. Melhor, transcreveu todo o meu post anterior saudeambiental aqui. Obrigado. Ajudou-me a atingir mais algumas pessoas de um dos públicos-alvo: os profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, neste caso, os técnicos de Saúde Ambiental que exercem a Higiene e Segurança do Trabalho.
quarta-feira, maio 04, 2005
Aperfeiçoamento IX
Dois novos aperfeiçoamentos foram feitos.
O primeiro, já há algum tempo, é pouco visível e consistiu em limitar o número de posts na página principal a 20. A página já estava muito grande e demorava mais tempo a carregar.
O segundo, foi feito hoje. Coloquei, como podem ver na barra ao lado, um conjunto de links. Ainda não estão como quero, mas é um princípio.
O primeiro, já há algum tempo, é pouco visível e consistiu em limitar o número de posts na página principal a 20. A página já estava muito grande e demorava mais tempo a carregar.
O segundo, foi feito hoje. Coloquei, como podem ver na barra ao lado, um conjunto de links. Ainda não estão como quero, mas é um princípio.
Dica de Segurança
Periodicamente, iremos dando pequenas dicas e conselhos simples sobre segurança. Começamos pela sinistralidade rodoviária.
Aconselhamos todos os condutores a circular sempre com as luzes ligadas, mesmo de dia. Pelo menos, os mínimos. Assim, aumentará a sua visibilidade, evitando acidentes. Na Suécia, país com uma cultura bastante mais segura, isto já é obrigatório. E é tão simples!!! O que é que tem a perder? Mal não faz.
Aconselhamos todos os condutores a circular sempre com as luzes ligadas, mesmo de dia. Pelo menos, os mínimos. Assim, aumentará a sua visibilidade, evitando acidentes. Na Suécia, país com uma cultura bastante mais segura, isto já é obrigatório. E é tão simples!!! O que é que tem a perder? Mal não faz.
Sinistralidade rodoviária
Jorge Sampaio, presidente da República, termina hoje uma presidência temática sobre a prevenção rodoviária e sinistralidade rodoviária. Não podia deixar de a assinalar.
Aquilo que vivemos nas nossas estradas é de uma verdadeira guerra civil. Para dar uma pequena ideia, imaginem que caía uma bomba atómica sobre a cidade da Covilhã ou Viana do Castelo. Morreria toda a sua população de cerca de 30.000 pessoas. Pois morreram nas nossas estrada, desde a adesão de Portugal à UE em 1986, mais que esse número de pessoas! Nos últimos 30 anos, morreram mais de 30.000 portugueses nessa luta fratícida que se vê todos os dias nas nossas estradas!!!!
Se a dimensão do problema tivesse influenciado a origem deste blog, ele chamar-se-ia Morrer a Conduzir. A sinistralidade rodoviária é um problema bem maior que a sinistralidade laboral. Cerca de 10 vezes maior! Morrem 10 vezes mais pessoas na estrada que no trabalho. Por isso, o Morrer a Trabalhar cumprirá a sua função de cidadania: alertará, sempre que possível, para o problema da sinistralidade rodoviária.
Aquilo que vivemos nas nossas estradas é de uma verdadeira guerra civil. Para dar uma pequena ideia, imaginem que caía uma bomba atómica sobre a cidade da Covilhã ou Viana do Castelo. Morreria toda a sua população de cerca de 30.000 pessoas. Pois morreram nas nossas estrada, desde a adesão de Portugal à UE em 1986, mais que esse número de pessoas! Nos últimos 30 anos, morreram mais de 30.000 portugueses nessa luta fratícida que se vê todos os dias nas nossas estradas!!!!
Se a dimensão do problema tivesse influenciado a origem deste blog, ele chamar-se-ia Morrer a Conduzir. A sinistralidade rodoviária é um problema bem maior que a sinistralidade laboral. Cerca de 10 vezes maior! Morrem 10 vezes mais pessoas na estrada que no trabalho. Por isso, o Morrer a Trabalhar cumprirá a sua função de cidadania: alertará, sempre que possível, para o problema da sinistralidade rodoviária.
Lucro sórdido
Num blog já desactivado, encontrei a seguinte frase:
"O lucro acompanhado pela destruição da Saúde, é um lucro sórdido"
A frase estava atribuída a Ramazzini, o famoso médico percursor da medicina de trabalho. Não sei se a frase é exacta e se é de Ramazzini. Pouco importa.
A frase parece-me muito significativa e por isso a publico. É dirigida a todos, mas principalmente aos empresários e empregadores. Para que pensem um pouco sobre ela.
Tempo
Hoje tenho um pouco mais de tempo. Tentarei colocar online alguns posts atrasados. Para já, irei dar uma volta por alguns blogs. A ver o que há de novo.
1000 page views!!
Superamos hoje mais um marco. Atingimos as 1025 page views e os 622 visitantes!!! Estamos no bom caminho.
Obrigado a todos os que nos visitam. Apenas lamento não ter tempo para actualizar o blog mais frequentemente, com todas as novidades que tenho.
Obrigado a todos os que nos visitam. Apenas lamento não ter tempo para actualizar o blog mais frequentemente, com todas as novidades que tenho.
segunda-feira, maio 02, 2005
DuPont
Antes de escrever este post, hesitei um pouco. Será que o devo escrever? Será que devo revelar tanto da minha vida profissional num blog aberto a todos? Cheguei à conclusão que sim, qual o problema? Poderá constituir até um incentivo para todos o que o lêem. Poderá mostrar que deveremos acreditar em nós, nos nossos sonhos e lutar para que se concretizem.
Há 6 anos, quando comecei a minha carreira profissional na área da Segurança, conheci a DuPont. A DuPont era, e continua a ser, a companhia de referência a nível mundial na área da Segurança. A DuPont é uma das empresas mais seguras do mundo. E é um benchmark, uma empresa de excelência.
Nunca imaginei ser possível trabalhar na DuPont. Ou melhor, eu sabia que queria trabalhar numa empresa de excelência, sabia que queria aprender com os melhores, não imaginava, no entanto, que este desejo se pudesse tornar realidade tão cedo. Hoje, 6 anos depois, cá estou eu. A concretizar um sonho: trabalhar na DuPont.
A DuPont é um mundo: kevlar, nomex, lycra, teflon, são tudo inventos e marcas registadas desta empresa. Mas, aquilo que mais me fascina, é o acreditar na Segurança, o pulsar Segurança por toda a empresa, o seu notável desempenho na área da Segurança.
O meu trabalho é numa das suas unidades que mais atrai todos os que trabalham em Segurança: a DuPont Safety Resources (DSR). A DSR visa, pela utilização do sistema DuPont e da sua filosofia de Segurança, tornar as empresas suas clientes em locais mais seguros para se trabalhar.
Estou orgulhoso e feliz. Atingi um dos meus objectivos! Agora, há que trabalhar ainda com mais vontade.
Há 6 anos, quando comecei a minha carreira profissional na área da Segurança, conheci a DuPont. A DuPont era, e continua a ser, a companhia de referência a nível mundial na área da Segurança. A DuPont é uma das empresas mais seguras do mundo. E é um benchmark, uma empresa de excelência.
Nunca imaginei ser possível trabalhar na DuPont. Ou melhor, eu sabia que queria trabalhar numa empresa de excelência, sabia que queria aprender com os melhores, não imaginava, no entanto, que este desejo se pudesse tornar realidade tão cedo. Hoje, 6 anos depois, cá estou eu. A concretizar um sonho: trabalhar na DuPont.
A DuPont é um mundo: kevlar, nomex, lycra, teflon, são tudo inventos e marcas registadas desta empresa. Mas, aquilo que mais me fascina, é o acreditar na Segurança, o pulsar Segurança por toda a empresa, o seu notável desempenho na área da Segurança.
O meu trabalho é numa das suas unidades que mais atrai todos os que trabalham em Segurança: a DuPont Safety Resources (DSR). A DSR visa, pela utilização do sistema DuPont e da sua filosofia de Segurança, tornar as empresas suas clientes em locais mais seguros para se trabalhar.
Estou orgulhoso e feliz. Atingi um dos meus objectivos! Agora, há que trabalhar ainda com mais vontade.
1º dia...
Começou o meu novo desafio. Como pensava, é estimulante, motivador, aliciante. É verdade que é o primeiro dia, mas espero sinceramente que muitos mais se sigam. Vou fazer por isso, com o meu trabalho, a minha inteligência, a minha vontade para que resulte. Espero sinceramente que sim.
domingo, maio 01, 2005
Amanhã
Amanhã é um dia importante. Vou iniciar um novo desafio. Aliciante e motivador. A expectativa é grande.
Blog saudeambiental
Na busca de blogs interessantes que tenho feito, encontrei o saudeambiental. Como o nome indica, é um blog sobre Saúde Ambiental. Apesar de não ser sobre Segurança e Saúde no Trabalho, menciono-o porque a Saúde Ambiental e a Segurança e Saúde no Trabalho têm vários pontos em comum. Quais são eles?
Tentarei explicar o que é a saúde ambiental. Agradeço desde já todas as correcções que queiram fazer, pois não sou especialista.
A Saúde Ambiental surge quando se chega à conclusão que o Ambiente em que está inserido o Homem tem efeitos, tanto positivos como negativos, sobre a sua saúde. E que, intervindo no meio, poderíamos elevar o potencial de saúde da comunidade inserida nesse meio.
Em Portugal, a saúde ambiental é feita essencialmente nos centros de saúde, pela Saúde Pública. As profissões que intervêm são os técnicos de saúde ambiental, os médicos de saúde pública e os engenheiros sanitaristas. As actividades que realizam habitualmente são, por exemplo: o controlo da qualidade da água, quer para consumo humano, quer para recreio; a apreciação de projectos de restauração e indústria, bem como as vistorias a esses estabelecimentos; as actividades de educação para a saúde. Farão, com certeza, muito mais coisas, mas pretendia apenas aclarar um conceito pouco familiar para alguns. Os especialistas que me perdoem e prometo desde já publicar no blog qualquer rectificação pertinente que queiram fazer.
Quais são, então, os pontos em comum com a Segurança e Saúde no Trabalho?
Primeiro, eu diria, duma forma talvez um pouco redutora, que a Saúde Ambiental aplicada ao mundo do trabalho traduz-se na Higiene Industrial ou Higiene do Trabalho. Explico: da mesma forma que a saúde ambiental tenta identificar e controlar os factores de risco ambientais (isto é, do ambiente que envolve o homem) numa comunidade, a higiene do trabalho faz exactamente o mesmo, se reduzirmos essa comunidade à empresa ou organização laboral.
O segundo ponto em comum, são os próprios técnicos de saúde ambiental. A sua formação académica é das poucas que, ao nível do bacharelato, dá acesso imediato ao CAP (certificado de aptidão profissional) de Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho.
Por fim, o terceiro ponto em comum prende-se com a afirmação profissional das duas profissões.
(Se é que já podemos chamar profissões. Em relação aos Técnicos de Higiene e Segurança do Trabalho, tenho dúvidas que possamos falar em profissão. Mas ficará esta discussão para mais tarde)
Ambas as profissões desenvolveram-se, inicialmente, com uma grande preponderância e um pouco à sombra da profissão médica. No caso da saúde ambiental, dos médicos de saúde pública e, na Segurança e Saúde no Trabalho, dos médicos do trabalho. Por isso, estão, hoje em dia, em processo de afirmação própria.
Resumindo, após este longo post, vale a pena acompanhar com atenção o desenvolvimento do saudeambiental. Desejo sinceramente aos seus promotores a maior sorte. Parece-me um projecto bem pensado e que será interessante ver onde irá chegar.
Tentarei explicar o que é a saúde ambiental. Agradeço desde já todas as correcções que queiram fazer, pois não sou especialista.
A Saúde Ambiental surge quando se chega à conclusão que o Ambiente em que está inserido o Homem tem efeitos, tanto positivos como negativos, sobre a sua saúde. E que, intervindo no meio, poderíamos elevar o potencial de saúde da comunidade inserida nesse meio.
Em Portugal, a saúde ambiental é feita essencialmente nos centros de saúde, pela Saúde Pública. As profissões que intervêm são os técnicos de saúde ambiental, os médicos de saúde pública e os engenheiros sanitaristas. As actividades que realizam habitualmente são, por exemplo: o controlo da qualidade da água, quer para consumo humano, quer para recreio; a apreciação de projectos de restauração e indústria, bem como as vistorias a esses estabelecimentos; as actividades de educação para a saúde. Farão, com certeza, muito mais coisas, mas pretendia apenas aclarar um conceito pouco familiar para alguns. Os especialistas que me perdoem e prometo desde já publicar no blog qualquer rectificação pertinente que queiram fazer.
Quais são, então, os pontos em comum com a Segurança e Saúde no Trabalho?
Primeiro, eu diria, duma forma talvez um pouco redutora, que a Saúde Ambiental aplicada ao mundo do trabalho traduz-se na Higiene Industrial ou Higiene do Trabalho. Explico: da mesma forma que a saúde ambiental tenta identificar e controlar os factores de risco ambientais (isto é, do ambiente que envolve o homem) numa comunidade, a higiene do trabalho faz exactamente o mesmo, se reduzirmos essa comunidade à empresa ou organização laboral.
O segundo ponto em comum, são os próprios técnicos de saúde ambiental. A sua formação académica é das poucas que, ao nível do bacharelato, dá acesso imediato ao CAP (certificado de aptidão profissional) de Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho.
Por fim, o terceiro ponto em comum prende-se com a afirmação profissional das duas profissões.
(Se é que já podemos chamar profissões. Em relação aos Técnicos de Higiene e Segurança do Trabalho, tenho dúvidas que possamos falar em profissão. Mas ficará esta discussão para mais tarde)
Ambas as profissões desenvolveram-se, inicialmente, com uma grande preponderância e um pouco à sombra da profissão médica. No caso da saúde ambiental, dos médicos de saúde pública e, na Segurança e Saúde no Trabalho, dos médicos do trabalho. Por isso, estão, hoje em dia, em processo de afirmação própria.
Resumindo, após este longo post, vale a pena acompanhar com atenção o desenvolvimento do saudeambiental. Desejo sinceramente aos seus promotores a maior sorte. Parece-me um projecto bem pensado e que será interessante ver onde irá chegar.
Dia do Trabalhador
Hoje é o 1º de Maio, dia do Trabalhador. O Morrer a Trabalhar não poderia deixar também de o comemorar. Já vai longe o dia em que, em Chicago, se comemorou pela primeira vez este dia. No entanto, ontem como hoje, a pertinência desta comemoração mantem-se.
Seria importante que os nossos trabalhadores, bem como os sindicatos que os defendem, dessem mais importância à Segurança e Saúde no Trabalho. Dão pouca, pelo menos em Portugal. As reinvindicações nesta área soam sempre a secundárias, comparativamente à veemência posta noutras áreas. É pena. Temos, também aqui, um longo caminho a percorrer.
Seria importante que os nossos trabalhadores, bem como os sindicatos que os defendem, dessem mais importância à Segurança e Saúde no Trabalho. Dão pouca, pelo menos em Portugal. As reinvindicações nesta área soam sempre a secundárias, comparativamente à veemência posta noutras áreas. É pena. Temos, também aqui, um longo caminho a percorrer.
Já é tarde e dia da Mãe
Já é tardíssimo. E já coloquei em dia alguns dos posts em atraso. Vou dormir, não sem antes...
Eu, no Morrer a Trabalhar, farei questão de, sempre que me lembrar e achar importante, vos ajudar a não esquecer datas importantes. Por isso, vou deixar-vos com a lembrança de que hoje é dia da Mãe. Um simples telefonema pode fazer toda a diferença...
Eu, no Morrer a Trabalhar, farei questão de, sempre que me lembrar e achar importante, vos ajudar a não esquecer datas importantes. Por isso, vou deixar-vos com a lembrança de que hoje é dia da Mãe. Um simples telefonema pode fazer toda a diferença...
Vazio...
Esta semana, por estar de férias, todos os dias comprei o jornal Público. Quantos artigos li sobre Segurança e Saúde no Trabalho? Talvez 2 ou 3, no máximo. Sobre eles falarei mais adiante.
Um vazio completo, se considerarmos que dia 28 foi o dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho. Nesse dia, nem um pequeno artigo. Nem no Público, nem na restante imprensa que li. Durante todo o dia, apenas vi uma pequena reportagem de 15 ou 20 segundos na Sic.
Será normal? Não, não me parece normal. E é a alteração deste completo vazio que teremos todos nós, profissionais desta área, que lutar para que aconteça. O Morrer a Trabalhar é a minha pequena contribuição. Que cada um faça aquilo que puder para tornar visível a Segurança e Saúde no Trabalho. Porque, sem dúvida, estamos a falar de algo incontornável: a vida humana.
Um vazio completo, se considerarmos que dia 28 foi o dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho. Nesse dia, nem um pequeno artigo. Nem no Público, nem na restante imprensa que li. Durante todo o dia, apenas vi uma pequena reportagem de 15 ou 20 segundos na Sic.
Será normal? Não, não me parece normal. E é a alteração deste completo vazio que teremos todos nós, profissionais desta área, que lutar para que aconteça. O Morrer a Trabalhar é a minha pequena contribuição. Que cada um faça aquilo que puder para tornar visível a Segurança e Saúde no Trabalho. Porque, sem dúvida, estamos a falar de algo incontornável: a vida humana.
A opinião dos leitores
Alguns leitores (não muitos) deram-se ao trabalho de me enviar a sua opinião sobre o Morrer a Trabalhar. Até agora, são opiniões bastante lisonjeiras. E mostram-me que um espaço como este talvez fizesse falta. E dão-me, também, ânimo para continuar.
"Felicito-o pelo seu Blog sobre Higiene e Segurança no Trabalho. É um blog interessante, bem disposto e sobretudo com informação útil. É também um sitio onde podemos trocar impressões.
Espero que continue com o bom trabalho."
Ana Cristina Santos - Técnica Superior de Higiene e Segurança do Trabalho "Finalmente dei uma olhada no teu blog... e achei de uma utilidade enorme. Até que enfim alguém (que provavelmete só podias ser tu) fez um blog sobre SHST em português e com temas actuais. Gostei muito de lá ver o Dia Mundial da Saúde, mesmo que à primeira vista o tema deste ano não parecesse directamente relacionado com a SHST. Boa continuação de ideias e ideais. PARABÉNS!!!" Susana Coito - Técnica de Saúde Ambiental e Técnica Superior de Higiene e Segurança do Trabalho
Obrigado a ambas pelos comentários agradáveis. A Ana Cristina Santos não conheço pessoalmente, apenas trocámos alguns emails.
A Susana é uma velha amiga. Por isso, apesar dela ser das pessoas mais frontais e honestas que conheço, deverão dar o desconto devido à amizade existente.
Retornar e retomar...
o Morrer a Trabalhar.
Após as minhas curtas férias, retorno cheio de vontade de continuar o Morrer a Trabalhar. Pelo contador de visitantes, vejo que não deixaram de passar por cá. Ainda bem. Este mês que se avizinha, será cheio de novidades. Pelo menos para mim. Darei conta delas mais à frente.
Após as minhas curtas férias, retorno cheio de vontade de continuar o Morrer a Trabalhar. Pelo contador de visitantes, vejo que não deixaram de passar por cá. Ainda bem. Este mês que se avizinha, será cheio de novidades. Pelo menos para mim. Darei conta delas mais à frente.
quinta-feira, abril 28, 2005
500 visitantes!!!
Já atingimos os 500 visitantes!! É verdadeiramente surpreendente que, desde há pouco mais de um mês, já tenhamos sido visitados por mais de 500 cibernautas (mais precisamente, 555 visitantes).
Entre estes, encontram-se os que visitam o Morrer a Trabalhar pela primeira vez e aqueles que regressam. O mais interessante é que a média diária dos que retornam é aproximadamente igual à dos vêm pela primeira vez. O que quer dizer que existem bastantes que regressam. E isso é muito bom. Quer dizer que gostaram, que acharam interessante, que julgam que vale a pena ler. E isso incentiva-me a continuar a escrever, a continuar com o Morrer a Trabalhar.
Obrigado a todos os leitores. Pela paciência que têm em ler-me. Pelo simples facto de virem visitar o Morrer a Trabalhar. Continuem a vir. Prometo não os decepcionar.
Entre estes, encontram-se os que visitam o Morrer a Trabalhar pela primeira vez e aqueles que regressam. O mais interessante é que a média diária dos que retornam é aproximadamente igual à dos vêm pela primeira vez. O que quer dizer que existem bastantes que regressam. E isso é muito bom. Quer dizer que gostaram, que acharam interessante, que julgam que vale a pena ler. E isso incentiva-me a continuar a escrever, a continuar com o Morrer a Trabalhar.
Obrigado a todos os leitores. Pela paciência que têm em ler-me. Pelo simples facto de virem visitar o Morrer a Trabalhar. Continuem a vir. Prometo não os decepcionar.
Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho
Não poderia deixar este dia em branco. Continuo em férias, algures no Algarve, mas consegui aceder novamente à net. Uma das principais razões foi o facto de ter que assinalar o Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho.
Este dia foi criado para assinalar e lembrar todos as pessoas que morreram a trabalhar, de acidente de trabalho, e todos os que contraíram doenças profissionais. Hoje, continua a ser extraordinariamente importante que não nos esqueçamos disto.
Não irei dizer, hoje, muito mais do que isso. Ficará para um próximo post um pouco da história desse dia. Poderão ir aqui se quiserem saber, já hoje, mais coisas sobre este dia.
Este dia foi criado para assinalar e lembrar todos as pessoas que morreram a trabalhar, de acidente de trabalho, e todos os que contraíram doenças profissionais. Hoje, continua a ser extraordinariamente importante que não nos esqueçamos disto.
Não irei dizer, hoje, muito mais do que isso. Ficará para um próximo post um pouco da história desse dia. Poderão ir aqui se quiserem saber, já hoje, mais coisas sobre este dia.
terça-feira, abril 26, 2005
Último dia...
O 2ª post que farei hoje é também um post fora de tempo. Deveria, à semelhança do anterior, ter sido escrito na última 6ª feira, dia 22/04/05. Pelas mesmas razões, não foi escrito no dia: falta de tempo e de acesso à net.
Último dia na Faurecia...
Mistura de sentimentos: expectativa e esperança no novo desafio profissional, por um lado; por outro, pena por deixar a empresa e, principalmente, por deixar amigos. Pena também por saber que ainda tinha muito que fazer. Mas o novo desafio, do qual falarei mais à frente, era irrecusável.
Saio com a consciência tranquila: fiz o meu melhor. E não foi pouco. Poderia falar de muitas coisas que fiz, mas enunciarei apenas as mais importantes. Saio com a fábrica com as máquinas melhor protegidas, com formação dada a todos os condutores de empilhadores, com a fábrica melhor protegida por sistemas de sprinklers, com os caminhos de circulação identificados, com regras de segurança claras para todos os peões e condutores de empilhadores, com todas as entradas da fábrica sinalizadas, com o hábito de dedicar, em todas as reuniões de produção, o 1º minuto à Segurança, com a análise de risco feita... Saio, enfim, com muito trabalho realizado, mas com a perfeita consciência que existirá pelo menos outro tanto trabalho a realizar.
Saio também com alívio, tenho que o dizer. O alívio de, agora, a responsabilidade pela segurança de mais de 500 trabalhadores já não ser minha. Bem sei, irão dizer que a responsabilidade não era minha, mas sim da gestão de topo. Mas sentia essa responsabilidade como minha. À semelhança de grande número de Técnicos de Higiene e Segurança. Cada acidente ocorrido, entendia-o como fracasso do meu trabalho. Felizmente, não ocorreu nenhum acidente grave ou mortal.
Agora, o futuro é um novo desafio, aliciante e motivador. Espero que seja, pelo menos, tão recompensador, motivador e aliciante como este foi.
Para quem me irá substituir na Faurecia, desejo a maior sorte deste mundo. Sobre o processo de selecção, falarei mais à frente, num próximo post.
Último dia na Faurecia...
Mistura de sentimentos: expectativa e esperança no novo desafio profissional, por um lado; por outro, pena por deixar a empresa e, principalmente, por deixar amigos. Pena também por saber que ainda tinha muito que fazer. Mas o novo desafio, do qual falarei mais à frente, era irrecusável.
Saio com a consciência tranquila: fiz o meu melhor. E não foi pouco. Poderia falar de muitas coisas que fiz, mas enunciarei apenas as mais importantes. Saio com a fábrica com as máquinas melhor protegidas, com formação dada a todos os condutores de empilhadores, com a fábrica melhor protegida por sistemas de sprinklers, com os caminhos de circulação identificados, com regras de segurança claras para todos os peões e condutores de empilhadores, com todas as entradas da fábrica sinalizadas, com o hábito de dedicar, em todas as reuniões de produção, o 1º minuto à Segurança, com a análise de risco feita... Saio, enfim, com muito trabalho realizado, mas com a perfeita consciência que existirá pelo menos outro tanto trabalho a realizar.
Saio também com alívio, tenho que o dizer. O alívio de, agora, a responsabilidade pela segurança de mais de 500 trabalhadores já não ser minha. Bem sei, irão dizer que a responsabilidade não era minha, mas sim da gestão de topo. Mas sentia essa responsabilidade como minha. À semelhança de grande número de Técnicos de Higiene e Segurança. Cada acidente ocorrido, entendia-o como fracasso do meu trabalho. Felizmente, não ocorreu nenhum acidente grave ou mortal.
Agora, o futuro é um novo desafio, aliciante e motivador. Espero que seja, pelo menos, tão recompensador, motivador e aliciante como este foi.
Para quem me irá substituir na Faurecia, desejo a maior sorte deste mundo. Sobre o processo de selecção, falarei mais à frente, num próximo post.
Férias
Estou, desde o último sábado, de férias. Não consegui arranjar tempo para, na 6ª feira, colocar online este post. E hoje foi o primeiro dia a que tive acesso à net.
No entanto, ando em pulgas para conseguir arranjar um acesso à net e ter algum tempo para me sentar um pouco e escrever algo no Morrer a Trabalhar. Consegui hoje, na biblioteca de Albufeira. Ainda bem que temos estes espaços, um pouco por todo o país, que, gratuitamente, nos permitem aceder à internet.
Até ao próximo fim de semana, não sei se terei novamente acesso a algum local com net. Hoje, tentarei fazer mais um ou dois posts.
Bom trabalho para vocês e boas férias para mim!
No entanto, ando em pulgas para conseguir arranjar um acesso à net e ter algum tempo para me sentar um pouco e escrever algo no Morrer a Trabalhar. Consegui hoje, na biblioteca de Albufeira. Ainda bem que temos estes espaços, um pouco por todo o país, que, gratuitamente, nos permitem aceder à internet.
Até ao próximo fim de semana, não sei se terei novamente acesso a algum local com net. Hoje, tentarei fazer mais um ou dois posts.
Bom trabalho para vocês e boas férias para mim!
quarta-feira, abril 20, 2005
Aperfeiçoamento VIII
Foi colocado um novo contador de visitantes, agora na barra lateral. Ficarei com dois, mantendo o antigo no final da página até verificar que funciona bem.
O novo contador tem várias vantagens: não tem qualquer logo, produz estatísticas de visitantes muito mais completas (por exemplo, permite saber de que país são os visitantes), tem uma grande versatilidade na parametrização, entre outras.
Agora, irei conhecer muito melhor quem visita o Morrer a Trabalhar e poderei melhorar o blog tendo isto em atenção. Poderão arranjar um contador semelhante aqui.
O novo contador tem várias vantagens: não tem qualquer logo, produz estatísticas de visitantes muito mais completas (por exemplo, permite saber de que país são os visitantes), tem uma grande versatilidade na parametrização, entre outras.
Agora, irei conhecer muito melhor quem visita o Morrer a Trabalhar e poderei melhorar o blog tendo isto em atenção. Poderão arranjar um contador semelhante aqui.
terça-feira, abril 19, 2005
Actualização
Não tenho actualizado o blog como desejo. É relativamente difícil actualizá-lo com a frequência que queria, pelo menos de semana. Amanhã, provavelmente, não terei possibilidade. Hoje, foi apenas de fugida. Peço desculpa por esse facto. Mas não deixem de passar. Terei, brevemente, algumas novidades.
segunda-feira, abril 18, 2005
2 meses de vida!!
Mais um pequeno marco a comemorar: o Morrer a Trabalhar atingiu o 2º mês de vida!! É necessário fazer um novo balanço da sua actividade. Fica prometido para um próximo post.
Apenas para que fique registado, o Morrer a Trabalhar teve, até hoje, 772 page views e 466 visitantes (únicos).
Apenas para que fique registado, o Morrer a Trabalhar teve, até hoje, 772 page views e 466 visitantes (únicos).
domingo, abril 17, 2005
A Qualidade das práticas em Segurança e Saúde no Trabalho II
Abordarei, agora, após o post anterior sobre Segurança e Higiene do Trabalho, a Qualidade das práticas em Medicina do Trabalho. Do mesmo modo, irei transcrever excertos de alguns mails trocados.
"(...) Bem sei que a realidade da prática da Medicina do Trabalho, em Portugal (e talvez noutros países), em muitos casos, não tem sido exemplar e nalguns mesmo francamente desadequada, eufemisticamente falando. (...)"
António José Vilar Queirós - Médico de Trabalho (email em 05/04/05)
"(...) Antes de mais, convém referir que sei que, em Portugal, também temos excelentes exemplos de Medicina de Trabalho. (...)
Conhece ou pelo menos já ouviu falar (...), em exames de admissão feitos em carrinhas, muitas vezes só por enfermeiros, que nem são enfermeiros de trabalho, outras vezes por administrativos e que o médico de trabalho se limita assinar. Foi a esta parte má da Medicina de Trabalho (se é que poderemos chamar medicina de trabalho) que me referia. E não à restante. Mas, o que será a norma? A má ou a boa medicina do trabalho? (...)"
João Rui Pinto - autor do blog (email em 05/04/05)
"(...) Conheço vários casos de "exames de saúde" realizados nem por enfermeiros mas até, pasme-se, pelo motorista das tais carrinhas. Mas não é só esta a parte má da Medicina do Trabalho (MT). Muitos casos haverá em que mesmo com Médicos do Trabalho a executar os exames a sua qualidade é pouco mais que má. Também me questiono se será essa a norma... E acrescento que o exercício da MT, como sabe, não se restringe (ou, por outra, não se deve restringir) aos exames de saúde. Quantos casos haverá em que tal aconteça?(...)"
António José Vilar Queirós - Médico de Trabalho (email em 06/04/05)
À semelhança da Segurança e Higiene do Trabalho, também em Medicina do Trabalho temos boas e más práticas.
À questão de qual será a norma, isto é, a norma serão as más práticas ou as boas práticas, não tenho resposta. Aliás, essa resposta teremos nós, profissionais, que a responder dia a dia. Só se cada um de nós optar pelas boas práticas no seu trabalho do dia a dia, poderemos responder satisfatoriamente a esta questão. Esperemos que cada um o faça.
A Qualidade das práticas em Segurança e Saúde no Trabalho em Portugal I
Como já atrás referi, aproveitarei uma discussão mantida por email com António Queirós para lançar o debate sobre a Qualidade das práticas em Segurança e Saúde no Trabalho em Portugal. Primeiro, falaremos das práticas em Segurança e Higiene do Trabalho.
Farei a transcrição de parte dos mails trocados, tendo para isso obtido a autorização do autor.
Farei a transcrição de parte dos mails trocados, tendo para isso obtido a autorização do autor.
"(...) Bem sei que a realidade da prática da Medicina do Trabalho, em Portugal (e talvez noutros países), em muitos casos, não tem sido exemplar e nalguns mesmo francamente desadequada, eufemisticamente falando. Mas o mesmo se poderá afirmar da prática de muitos que se dedicam à Higiene e Segurança...(...)"
António José Vilar Queirós - Médico de Trabalho (email em 05/04/05)
"(...) Concordo plenamente consigo acerca das práticas de alguns em
Segurança e Higiene do Trabalho. Talvez o estado da nossa Segurança e Higiene do Trabalho seja mesmo pior que o da Medicina do Trabalho: falta-nos formação de referência, um organismo regulador também de referência, falta-nos sobretudo anos para sedimentar a profissão (...)"
João Rui Pinto - autor do blog (email em 05/04/05)
"(...) Também não sou assim tão negativista ao ponto de afirmar que o estado da Higiene e Segurança seja pior do que o da MT. Concordo plenamente consigo quando afirma que o que falta são sobretudo anos
para sedimentação da actividade. Lá chegaremos... (...)"
António José Vilar Queirós - Médico de Trabalho (email em 06/04/05)
O panorama não parece animador. Todos já ouvimos falar de práticas de Segurança e Higiene do Trabalho que apenas constam da visita anual do técnico que, muitas vezes, nem é certificado. Dessa visita, sai uma auditoria, rápida e sumária, porque o mesmo técnico terá que visitar e auditar mais 10 empresas no mesmo dia. Que essa auditoria vem cheia de recomendações genéricas, do tipo fornecer equipamento de protecção individual, mas não define técnicamente o equipamento a utilizar. Essa auditoria nunca é seguida de um plano de prevenção de riscos, com objectivos, acções, datas e responsáveis, porque as recomendações não são para realizar.
E, no proximo ano, o mesmo técnico virá, constata as mesmas deficiências, faz um relatório semelhante e fica, com toda a certeza, frustado. Porque nada do que recomenda é implementado. E aí justifica-se com a mesma justificação de sempre, estafada pelo uso: "os empresários portugueses não estão sensibilizados para a Segurança e Saúde no Trabalho. Só pensam no lucro! Não pensam nos seus trabalhadores". Em parte, têm razão. Mas, com práticas deste tipo, nunca ficarão sensibilizados, nem verão vantagem em terem este tipo de serviços. E a responsabilidade de alterar estas convicções é também nossa, de quem trabalha em Segurança e Higiene do Trabalho.
No entanto, num ponto estamos de acordo: existem más práticas, mas existem também boas práticas. As primeiras, teremos que identificar e melhorar. As segundas, divulgar e fomentar.
sábado, abril 16, 2005
A Qualidade das práticas em Segurança e Saúde no Trabalho em Portugal
Iniciámos este conjunto de posts em que é lançado o debate com um tema que me parece bastante controverso: A Qualidade das práticas de Segurança e Saúde no Trabalho em Portugal.
Começaremos por abordar as práticas do ponto de vista técnico, abordando as duas vertentes mais visíveis da Segurança e Saúde no Trabalho. Primeiro, por proximidade profissional, falaremos sobre a Segurança e Higiene do Trabalho. A seguir, abordaremos a Medicina do Trabalho.
Bem sei que a Segurança e Saúde no Trabalho não se esgota nestas duas disciplinas científicas. A psicologia do trabalho, a ergonomia, a enfermagem do trabalho, a sociologia do trabalho ficarão de fora, nesta primeira fase, apenas pelo meu desconhecimento de qual o estado das suas práticas no nosso país. No entanto, se alguns dos leitores quiser intervir neste âmbito, não se acanhe. Basta o envio de um email com a sua visão sobre este tema.
Começaremos por abordar as práticas do ponto de vista técnico, abordando as duas vertentes mais visíveis da Segurança e Saúde no Trabalho. Primeiro, por proximidade profissional, falaremos sobre a Segurança e Higiene do Trabalho. A seguir, abordaremos a Medicina do Trabalho.
Bem sei que a Segurança e Saúde no Trabalho não se esgota nestas duas disciplinas científicas. A psicologia do trabalho, a ergonomia, a enfermagem do trabalho, a sociologia do trabalho ficarão de fora, nesta primeira fase, apenas pelo meu desconhecimento de qual o estado das suas práticas no nosso país. No entanto, se alguns dos leitores quiser intervir neste âmbito, não se acanhe. Basta o envio de um email com a sua visão sobre este tema.
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